Muitas
são as palavras existentes na nossa língua portuguesa formadas por
prefixos cujos sentidos são atribuídos a vários aspectos, dentre eles o
de negação. Dessa forma, temos vocábulos como: desleal, incompreensível, incompatível, inútil, desfavorável, etc. Constatamos que os prefixos “-des” e “-in” se encarregaram de atribuir às palavras o sentido em questão.
Sabemos também que há outras palavras,
ainda que não formadas pelo mesmo prefixo, mas que carregam em si a
mesma carga semântica. Exemplos como “não-verbal”, “não-concluído”,
“não-poluente”, etc., revelam que os prefixos antes ressaltados não
lhes caberiam, haja vista que soaria um tanto quanto estranho dizermos
“inverbal”, “desverbal”, “desconcluído” e por aí vai. Assim, diante
desse fato linguístico, temos que nos ater a duas observações
importantíssimas: a primeira delas diz respeito ao emprego do hífen,
cuja presença se deve ao fato de demarcar que o “não” foi deslocado de
uma função a outra, ou seja, o que antes atuava (e ainda continua
atuando) como um adjunto adverbial, agora faz o papel de um prefixo.
Tem-se que tal ocorrência, por sinal recente, atesta o dualismo
existente entre as palavras, ou seja, o não-verbal x verbal, o
não-concluído x concluído e assim por diante.
O outro aspecto, não menos importante, refere-se ao fato de que depois do advento promulgado pela nova reforma ortográfica, o hífen, antes demarcado nas palavras constituídas do “não” na qualidade de prefixo deixou de existir. Assim, o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) atesta que agora os exemplos antes citados, assim como os demais, não trazem consigo o uso desse sinal. Ou seja:
O outro aspecto, não menos importante, refere-se ao fato de que depois do advento promulgado pela nova reforma ortográfica, o hífen, antes demarcado nas palavras constituídas do “não” na qualidade de prefixo deixou de existir. Assim, o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) atesta que agora os exemplos antes citados, assim como os demais, não trazem consigo o uso desse sinal. Ou seja:
NÃO VERBAL
NÃO CONCLUÍDO
NÃO POLUENTE...
Como bom usuário deste vastíssimo
idioma, não se esqueça de se atentar para os muitos pressupostos que o
demarcam, inclusive esse que acabamos de conferir.
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