segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Tipos de predicado

Para compreendermos os tipos de predicado existentes na Língua Portuguesa, temos, primeiramente, que saber a definição de predicado.

Predicado é tudo o que se declara acerca do sujeito, ou seja, é tudo que há na frase que não é o sujeito.

Predicado Verbal

O predicado verbal possui obrigatoriamente um verbo, o qual é o núcleo do predicado. O verbo é núcleo do predicado quando é nocional, ou seja, que demonstra uma ação.

Os alunos estudam todos os dias para o concurso.

Observe na frase que o verbo “estudam” evidencia uma ação: o ato de estudar, e diz respeito ao sujeito “os alunos” ao mesmo tempo que é complementado pelo restante do predicado “todos os dias para o concurso”. Porém, como o núcleo do predicado é o verbo “estudam”, chamamos o predicado de verbal.

Predicado Nominal

No predicado nominal o núcleo do predicado é um nome, o qual exerce a função de predicativo do sujeito.
Predicativo do sujeito é um termo que dá significado, atributo, característica ao sujeito ou, ainda, exprime seu estado ou modo de ser. O predicativo é conectado ao sujeito sempre através de um verbo de ligação.

1ª. Ela está cansada.
2ª. As taxas de juros continuam elevadas.

Observe na primeira oração que “cansada” é um atributo dado ao sujeito “Ela”. O sujeito “Ela” e o predicado nominal “cansada” estão conectados pelo verbo de ligação “está”.
Na segunda frase, observamos o mesmo processo anterior de análise: perguntamos quem continua? e continua o quê? E temos as respostas: “as taxas de juros” (sujeito) e “elevadas” (predicado nominal), ou seja, o predicativo nominal só atribui significado ao sujeito quando ligado pelo verbo de ligação (continuam). A oração só tem sentido pelo complemento (predicado) “elevadas”, o qual é, portanto, o núcleo do predicado nominal.

Predicado verbo-nominal

O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo nocional, como vimos no predicado verbal, e um predicativo, que pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo.

Os alunos estudaram cautelosos para o simulado.

Observamos na frase que há dois núcleos: o verbo nocional (estudaram), ou seja, o sujeito praticou uma ação. No entanto, há uma característica dada ao sujeito “cautelosos”, que é, portanto, uma predicação, uma qualidade concedida ao sujeito, logo, é o predicativo do sujeito. Poderíamos desdobrar a última oração em duas:

Os alunos estudaram para o simulado. Eles foram cautelosos.

Na primeira oração temos um predicado verbal “estudaram para o simulado”, no qual o núcleo é o verbo nocional “estudaram”. Já na segunda oração o núcleo do predicado é um nome “cautelosos” conectado por um verbo de ligação (foram) ao sujeito (Eles) e, portanto, é um predicado nominal.

Tipos de frases

Um fator muito importante quando se trata da linguagem escrita é a chamada intencionalidade discursiva, ou seja, o verdadeiro objetivo pretendido pelo interlocutor através daquilo que ele escreve.

Tanto na fala quanto na escrita, revelamos nossa mensagem por meio dos diversos tipos de textos. Tais como: um relato sobre fatos acontecidos, um comunicado urgente, um telefonema, e tantos outros.

Os sinais de pontuação são elementos significativos no que se refere à questão do discurso, pois eles revelam nossos sentimentos em relação àquilo que queremos transmitir. Como é o caso de fazermos uma pergunta a alguém, darmos uma ordem ou até mesmo expressarmos um pedido, exclamarmos sobre algo agradável ou desagradável e afirmarmos ou negarmos a respeito de um determinado assunto.

Como já sabemos, o texto é um composto de frases, orações e períodos, formando assim um todo, constituindo uma sequência lógica de ideias. E ao nos referirmos às frases, é importante sabermos que as mesmas recebem nomenclaturas diferentes, variando de acordo com o grau de entonação. Por isso vejamos:

Frases Declarativas, dividem-se em: Afirmativas e Negativas.

Negativas - O final de semana não foi muito agradável.

Afirmativas - Quando a intenção é de afirmar. Ex: Hoje será um belo dia.

Interrogativas - É quando se questiona sobre algo. Ex: Você não irá comigo à festa?

Exclamativas - Expressam nossos sentimentos em relação a algo. Ex: Como a menina é estudiosa!
Eu não gostei da sua atitude!

Imperativas - Expressam desejos, indicam uma ordem por parte do interlocutor da mensagem. Ex: Vá já ao supermercado e traga-me a encomenda.
Liberte-se de todas as suas desconfianças.

Outros sinais de pontuação também são indicadores da intencionalidade discursiva, como é o caso das reticências, uma vez que as mesmas indicam supressão de pensamento, variando de acordo com aquilo que se pretende alcançar por meio da linguagem.

Sujeito e Predicado

Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita através do predicado.

Predicado: é o termo da oração que, através de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.

Exemplo:
A pequena criança
me contou a novidade com alegria no olhar.
Sujeito
Predicado
Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:

• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas.


Tipos de sujeito

• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;

- indicar quem é esse elemento.

Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:

Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.

Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.

Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.

Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:

- sujeito determinado implícito na desinência verbal;

- sujeito elíptico;

- sujeito oculto;

Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.
(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas

- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.

Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;

Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.

- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do singular.

Exemplo: Precisa-se de balconista.

* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o sujeito classifica-se como determinado.

Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.

* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem:

Exemplos: Discutiu-se o fato.

Discordou-se do fato.

Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado.

Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome se pode funcionar como:

• Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;

• Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado.

Se – Partícula apassivadora

Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:

• Verbo na terceira pessoa (singular e plural)

• Pronome se;

• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;

• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).

Exemplo:
Contou
se
a história.
verbo na 3ª pessoa
pronome
substantivo sem preposição.
Transformação:
Foi contada a história.
voz passiva analítica (com o verbo ser)   
A análise da frase anterior será então a seguinte:
Contou
se
a história.
Voz passiva sintética ou pronominal
partícula apassivadora
sujeito determinado simples

Se – Índice de indeterminação do sujeito

Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:

• Verbo na terceira pessoa do singular;

• Pronome se;

• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica.

Exemplo:
Falou
se
da história.
verbo na 3ª pessoa do singular
pronome
substantivo com preposição
Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:
?
falou
se
da história
sujeito indeterminado
verbo na voz ativa
índice de indeterminação do sujeito
objeto
• Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.

Exemplo: Choveu durante o dia.

O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes:

- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.

Exemplo: Houve poucas reclamações.

- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.

Exemplo: Faz dois anos que te perdi.

- ser: na indicação de tempo e distância.

Exemplo: É dia.

- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;

Exemplo: Nevou durante a madrugada.
Choveu muito durante o dia.

Sigla

A sigla é um tipo de abreviação utilizada para reduzir algumas palavras, a fim de que haja mais agilidade tanto ao falar, quanto ao escrever. É formada, geralmente, pelas iniciais dos termos.

Até pouco tempo atrás, costumava-se colocar pontos entre as letras que compõe a sigla e também no final (O.N.U.). Contudo, atualmente, eles são desnecessários!

Cada sigla tem um gênero e para saber se feminino ou masculino, observe a primeira palavra! Dessa forma, dizemos o CEP, a EMBRATEL, a FIFA, o SENAC, etc.

No entanto, o fato de se usar “o” ou “a” para destacar o gênero pode ser baseado em uma ideia implícita na sigla quando a primeira palavra da expressão que a compõe estiver no plural. Assim, dizemos o Ceasa ao invés de a Ceasa (Centrais de Abastecimento S.A.). A ideia subentendida aqui corresponde ao fato de relacionarmos “centrais de abastecimento” a “armazéns” (o Armazém = o Ceasa).

Muitos perguntam a diferença entre sigla e abreviatura. A resposta é simples, já que agora, a primeira você já sabe. Como o próprio nome indica, a abreviatura também é um tipo de abreviação que se diferencia da sigla por considerar um segmento da palavra enquanto que esta última considera as iniciais.

Por uma questão fonológica, algumas siglas permaneceram na ordem da língua de origem, como: AIDS (acquired immunodeficience syndrome); CD (compact disc); DNA (d(eoxyribo)n(ucleic) a(cid)), etc.

Há ainda aquelas que coincidentemente ficam na mesma posição tanto em português quanto em inglês, como é o caso de: ONU (Organization of the United Nations ou Organizações das Nações Unidas).

Vemos muitas siglas sendo utilizadas no âmbito da economia onde há muitos impostos, taxas.

Veja alguns exemplos de siglas:

CEP – Código de Endereçamento Postal
DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito
EMBRATEL – Empresa Brasileira de Telecomunicações
FIFA – Federação Internacional das Associações de Futebol
FUNAI – Fundação Nacional do Índio
FUVEST – Fundação Universitária para o Vestibular
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística
IGPM – Índice Geral de Preços do Mercado
IOF – Imposto sobre Operações de Crédito
INSS – Instituto Nacional de Segurança Social
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
IR – Imposto de Renda
ISV – Imposto sobre veículo
ONU – Organização das Nações Unidas
PIS – Programa de Integração Social
PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SPC – Serviço de Proteção ao Crédito
UNESCO – Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas.

Sentido literal e sentido figurativo

Sentido literal é aquele que pode ser tomado como o sentido “básico, usual” da palavra ou expressão, esse pode ser compreendido sem ajuda do contexto.
Quando uma palavra ou enunciado se apresenta em seu sentido usual, adquire valor denotativo.

Sentido figurado é o que as palavras ou expressões adquirem em situações particulares de uso. A palavra tem valor conotativo quando seu significado é ampliado ou alterado no contexto em que é empregada, sugerindo idéias que vão além de seu sentido mais usual.

Relação de alguns superlativos absolutos sintéticos

Quando se trata do gênero dos adjetivos, os mesmos apresentam certa divergência quando comparados aos substantivos.

Tomando como ponto de partida os exemplos abaixo, tão logo entenderemos esta diferença:

garoto – garotinho – garotão

Percebemos o substantivo em destaque (garoto), juntamente com seu aumentativo e diminutivo.

Atendo-nos à questão do grau do adjetivo, teríamos:

O garoto é tão esperto quanto seu irmãoComparativo de igualdade

O garoto é o mais esperto dos irmãos
superlativo relativo de superioridade

O garoto é muito esperto
superlativo absoluto analítico

O garoto é espertíssimo
superlativo absoluto sintético

Em função destas particularidades acima mencionadas, torna-se de fundamental importância ampliarmos nossos conhecimentos no que se refere à maneira correta de empregarmos o superlativo absoluto sintético de alguns adjetivos.

Eis que segue uma relação com os mesmos:


Adjetivos Superlativo absoluto sintético
Ágil Agilíssimo ou agílimo
Amargo Amaríssimo
Áspero Aspérrimo
Amigo Amicíssimo
Agradável Agradabilíssimo
Bom Boníssimo ou ótimo
Benéfico Beneficentíssimo
Benévolo Benevolentíssimo
Cruel Crudelíssimo
Capaz Capacíssimo
Difícil Dificílimo
Dócil Docílimo
Doce Dulcíssimo ou docíssimo
Eficaz Eficacíssimo
Fácil Facílimo
Fiel Fidelíssimo
 Feroz  Ferocíssimo
 Frágil  Fragílimo
 Geral  Generalíssimo
 Grande  Máximo
 Humilde  Humílimo
 Incrível  Incredibilíssimo
 Jovem  Juveníssimo
 Livre  Libérrimo
 Magro  Magríssimo ou macérrimo
 Manso  Mansuetíssimo
 Miserável  Miserabilíssimo
 Negro  Negríssimo ou nigérrimo
 Notável  Notabilíssimo
 Nobre  Nobilíssimo
 Pobre  Paupérrimo ou pobríssimo
 Pequeno  Mínimo
 Respeitável  Respeitabilíssimo
 Sábio  Sapientíssimo
 Sagrado  Sacratíssimo
 Simpático  Simpaticíssimo
 Terrível  Terribilíssimo
 Veloz  Velocíssimo
 Voraz  Voracíssimo

Regência de alguns nomes

Enquanto usuários, dispomos de um acervo lexical consideravelmente amplo. Eis uma habilidade, sem dúvida, haja vista que dispor de um repertório variado contribui de forma significativa para redigirmos textos de qualidade. Contudo, tal aspecto, em se tratando, sobretudo da linguagem escrita, parece (e realmente não é) o bastante. Para que possamos estruturar nosso pensamento de forma clara e coerente, precisamos, antes de tudo, estar conscientes da relação de dependência que se estabelece entre os termos, estando eles inseridos num dado contexto oracional.
Dessa forma, compreendermos acerca de tal relação, significa, sobretudo, fazer bom uso do idioma que falamos, e nesse ínterim prepondera uma ocorrência de fundamental importância – a regência de alguns nomes.
Lembrando que nomes, em termos gramaticais, referem-se ao substantivo, adjetivo e advérbio, temos que a regência nominal se caracteriza pela relação estabelecida entre esses nomes e os respectivos complementos que a eles se atribuem, entendendo que essa relação sempre se efetiva por meio de uma preposição. Assim, um mesmo nome pode ser regido por preposições diferentes, a depender do significado que ele representa em se tratando do contexto.
Vejamos, pois, a relação de alguns nomes:
Substantivos
ADMIRAÇÃO – a, por
AVERSÃO – a, para, por
ATENTADO – a, contra
BACHAREL – em
CAPACIDADE – de, para
DEVOÇÃO - a
DÚVIDA – em, sobre, acerca de
EMPENHO – de, em, por
FALTA – a, com, de, para com
INCLINAÇÃO – a, para, por
OBEDIÊNCIA - a
OJERIZA – a, por
RESPEITO – a, com, por, para com
Adjetivos
ACOSTUMADO – a, com
AFÁVEL – com, para com
ALHEIO - a, de
ANSIOSO – de, para, por
APTO – a, para
COMPATÍVEL – com, a
CONSTITUÍDO – com, de, por
CURIOSO – de, por, a
DESCONTENTE – com
EQUIVALENTE – a
FAVORÁVEL – a
GENEROSO - com
IMBUÍDO - de
INCOMPATÍVEL - com
PREJUDICIAL - a
PROPÍCIO - a
PRÓXIMO - a, de
SENSÍVEL - a
SITUADO- a, em, entre
SUSPEITO - de
Advérbios
LONGE - de
PERTO - de

Radicais e prefixos latinos

Lista de alguns dos principais radicais e prefixos de origem latina encontrados em português:
Radicais de origem latina:
Radical Sentido Exemplo
agri campo agricultor
ambi ambos, duplicidade ambíguo
arbori árvore arborizar
avi ave avicultura
beli guerra beligerante
bi, bis duas vezes bípede, bisavô
calor (i) calor calorimetria
capit (i) cabeça decapitar
cida que mata suicida
cola que cultiva ou habita vinícola, agrícola
cruci cruz crucificar
cultura cultivar apicultura
curvi curvo curvilíneo
ego eu egocentrismo
equi igual equivalente
evo idade medievo
fero que contém ou produz mamífero
fico que faz ou produz frigorífico
fide fidelidade
forme forma uniforme
frater irmão fraterno
fugo que foge centrífugo
gero que contém ou produz benéfico
herbi erva herbicida
loco lugar localizar
ludo jogo ludoterapia
mater mãe materno
morti morte mortífero
multi muito multinacional
oni todo onipresente
pari igual paridade
paro que produz ovíparo
pater pai paterno
pade pedestre
pisci peixe psicultura
pluri vários pluricelular
pluvi chuva pluvial
puer crinaça pueril
quadri quatro quadrilátero
reti reto, direito retilíneo
sacar açúcar sacarose
sapo sabão saponáceo
sesqui um e meio sesquipedal
silvi floresta silvícola
taur (i) touro taurino
tri três tricolor
umbra sombra penumbra
uxor esposa uxoricida
vermi verme vermífugo
voro que come carnívoro
Prefixos de origem latina:
Prefixo Sentido Exemplo
ab (abs) afastamento abstrair
ad (a) proximidade, direção adjazer
ambi duplicidade ambidestro
ante anterioridade antedatar
bem bem, bom êxito bendizer
bi dois bissexual
circum movimento em torno circunavegação
cis posição aquém cisalpino
com (con ou co) companhia combater, colaborar, contemporâneo
contra oposição contradizer
de origem, afastamento deportar
des negação, separação, ação contrária desleal, desfazer
em (en ou in) movimento para dentro enterrar
ex (es ou e) movimento para fora exportar
extra fora de extra-oficial
in negação imberbe, infeliz
infra abaixo infra-assinado
inter entre, posição intermediária intervir
intra posição interior intravenoso
intro movimento para dentro introduzir
justa junto de justapor
mal mal maldizer
ob oposição obstar
pene quase penúltimo
per movimento através percorrer
pos posição posterior pospor
pre anterioridade predizer
preter além de preternatural
pro anterioridade, em frente prosseguir
re movimento para trás, de novo refrear
retro movimento para trás retroação
semi metade semicírculo
soto posição inferior sotopor
sub inferioridade, de baixo para cima subscrever
super posição superior super-homem
supra posição superior supracitado
trans além de transpassar
tri três tripartido
ultra além de limite ultrapassar
vis (vice) no lugar de vice-cônsul

Radicais e Prefixos gregos

Ao estabelecermos contato com os fatos linguísticos, por vezes regidos pela gramática normativa, deparamo-nos com distintos questionamentos de ordem ortográfica, semântica, sintática, enfim. Fato considerado aceitável, dada a complexidade demarcada pelas regras e exceções existentes na gramática. 

O fato é que isso não pode ser um estigma, a ponto de você conceber a língua como algo repugnante, indesejável. Assim, de modo a evitar possíveis confusões, bem como no intuito de ampliar seus conhecimentos acerca de tais fatos, verifique agora algumas questões de plural.

* O plural de Curriculum Vitae:
Como se trata de um termo latino, o ideal é que você opte apenas por dizer “os currículos”, fazendo uso do nosso bom e velho português.

* Bastantes ou bastantes?

Nesse caso, temos que fazer a diferenciação entre adjetivo e advérbio, haja vista que este não aceita flexão alguma, e aquele permite ser flexionado. Sendo assim, note:

Estamos bastante preocupadas.
Aqui ele funciona como advérbio, permanecendo invariável, portanto.

Foram bastantes as encomendas.
Já aqui se trata de um adjetivo, o qual qualifica o substantivo “encomendas”, variável, portanto.

* Fax ou faxes?

“Fax” deriva do inglês, numa redução de fac-símile, cujo plural se dá por fac-símiles. Contudo, como se tata de um meio de transmissão, correto seria dizermos somente “enviamos as fotos por fax”. Assim, seguindo a mesma regra de ônix e dúplex, dada a ocorrência de serem terminados em “x”, tem-se: um fax, três fax e assim por diante.

No entanto, a terminação “-es” vem sendo permitida. Portanto, podemos dizer “fax”, quando expresso no singular; e “faxes”, no plural. Mesmo porque o dicionário Houaiss já os registra dessa maneira.

Questionamentos Linguísticos

Por certo, mediante sua postura enquanto usuário da língua, questionamentos linguísticos representam uma realidade. Dada essa razão, eis algumas dicas de expressões das quais cotidianamente fazemos uso, de modo a deixá-lo (a) a par dos pressupostos que os norteiam. Observe:
A FAVOR / EM FAVOR...

As duas expressões são corretas, mas seu uso dependerá do termo que as antecede. Veja alguns exemplos:

Eles não se mostraram nem contra nem a favor das decisões tomadas.

Tudo foi feito em favor da conquista de tantas vitórias alcançadas.

A TEMPO / EM TEMPO...

Como no caso anterior, ambas as expressões são consideradas corretas, sem que nenhum prejuízo seja causado ao padrão formal da linguagem. No entanto, a mais usual é a expressão “a tempo”, como demonstra o exemplo a seguir:

Não chegaram a tempo, por isso perderam o voo de volta para casa.
DIUTURNO / DIURNO...

“Diuturno” faz referência a uma ação executada diariamente, isto é, a um trabalho contínuo. Observe:

Na empresa, os trabalhos são realizados diuturnamente.

Ela trabalha no período diurno. (contrário do noturno)
A PÉ/ EM PÉ/ DE PÉ...
A expressão “a pé” denota a ação de deslocar-se para um determinado local sem qualquer tipo de veículo. Note:

Ele anda a pé.

“De pé” se refere ao fato de continuar, firmar, subsistir, manter-se. Analise o exemplo:

Nossa proposta continua de pé, não é verdade?

“Em pé” diz respeito ao ato de se encontrar ereto sobre os próprios pés, abnegando-se de estar deitado ou sentado. Confira:
Consegui pedir o copo-d’água de pé.

Processos de Derivação

Na Língua Portuguesa, além dos processos de formação de palavras pelo acréscimo de prefixos e sufixos, existem outras formas de derivação.

Derivação parassintética

Ocorre quando se acrescenta ao mesmo tempo, um prefixo e um sufixo à palavra primitiva. É a simultaneidade da afixação que constitui a parassíntese.
Assim, na palavra infelizmente não ocorre parassíntese, pois o prefixo in- e o sufixo –mente são acrescentados ao radical em momentos diferentes. Já na palavra enraivecer ocorre parassíntese, pois o fato de não existirem os termos enraiva ou raivecer indica que a junção dos afixos ocorreu simultaneamente.

Derivação regressiva

Ocorre a derivação regressiva quando se reduz a palavra primitiva. É esse processo que produz os substantivos deverbais, que são substantivos derivados a partir de verbos, pela eliminação da desinência verbal e acréscimo das vogais temáticas nominais –a, -o ou –e ao radical verbal.
É o que ocorre nas palavras: abalo (de abalar), troca (de trocar), busca (de buscar), choro (de chorar), combate (de combater).

Derivação imprópria

Ocorre quando a palavra primitiva muda de classe gramatical, não sofrendo alteração em sua estrutura.
Ex: Não admito um não vindo de você! (advérbio torna-se substantivo)
O movimentar de suas mãos denunciava-o. (verbo torna-se substantivo)

Polissemia

Consideremos as seguintes frases:

Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja!
Vamos! Coloque logo a mão na massa!
As crianças estão com as mãos sujas.
Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.

Chegamos à conclusão de que se trata de palavras idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuem o mesmo significado?
Existe uma parte da gramática normativa denominada Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes significados que uma mesma palavra apresenta de acordo com o contexto em que se insere.

Tomando como exemplo as frases já mencionadas, analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordo com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo dicionário.

Na primeira, a palavra “mão” significa habilidade, eficiência diante do ato praticado.
Nas outras que seguem o significado é de: participação, interação mediante a uma tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por último, simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa.

Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as situações de aplicabilidade.

Há uma infinidade de outros exemplos em que podemos verificar a ocorrência da polissemia, como por exemplo:

O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.

Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivência
O passarinho foi atingido no bico.

Para que serve a Acentuação

A acentuação serve para auxiliar a representação escrita da linguagem.

Quando ouvimos, distinguimos com facilidade uma sílaba tônica de uma sílaba átona. Quando lemos, entretanto, não é tão fácil, o que pode dificultar a leitura.

Assim, os sinais de acentuação cumprem o papel de distinguir, na escrita, palavras de grafia idêntica, mas de tonicidade diferente, como secretária/secretaria, público/publico, baba/babá, mágoa/magoa.

Os novos verbetes no dicionario Aurélio

A língua, ora vista como um organismo vivo, tende cada vez mais a se manifestar entre as relações sociais como um todo, influenciando diretamente no modo de pensar e de agir. Desta feita, tendo em vista esta inegável ocorrência, em comemoração ao centenário de seu autor, Aurélio Buarque de Holanda, a Editora Positivo publicou a quinta edição da obra, desta vez “recheada” de novas palavras que, aos poucos, foram ocupando seus lugares na linguagem cotidiana, e que agora já são concebidas como oficiais.

Dentre as presentes inovações, figuram-se os termos considerados “populares” em nosso meio, tais como Ricardão (um termo utilizado para designar o amante), botox (tratamento estético utilizado na contenção de sinais advindos do envelhecimento da pele), nerd (aquele que se destaca nos estudos), bullying (atos de agressão física ou psicológica), entre muitos outros. Além da ampla recorrência – o que implicou em tal intento – outro fator também de notável significância foram as inovações advindas do avanço tecnológico pelo qual perpassa a sociedade vigente. Assim sendo, a predominância de termos ligados a esse aspecto explica tal realidade e comprova a influência exercida por estes em nosso meio. É o que nos elucida Neusa Maria Oliveira Barbosa Bastos, professora do Centro de Comunicação e Letras do Mackenzie:

É importante a entrada de palavras ligadas aos avanços tecnológicos, porque denominam novos hábitos e ações que se tornam comuns no cotidiano dos brasileiros.

Não deixando de mencionar o significativo número de vocábulos estrangeiros que, uma vez proferidos, resultaram da inédita iniciativa em atender a um público estrangeiro e suas reais necessidades, sobretudo seus professores de português. Público este até então desprivilegiado por estudiosos nesta área.

Frente a tais elucidações, no intuito de nos mantermos ainda mais informados, conferiremos alguns casos que representam o fato ora abordado, uma vez manifestados por:

Test drive – Avaliação direcionada ao desempenho de um veículo ao dirigi-lo.
SAMU – sigla referente a Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Enem – Sigla relativa a Exame Nacional do Ensino Médio.
E-book – [ingl.]- Substantivo masculino. V. livro eletrônico.
Ecobag – Sacola feita com material biodegradável.
Mochileiro – Alguém que viaja com pouca bagagem.
Pet shop – Loja que dispõe de serviços que atendem às necessidades de animais domésticos.
Tablet – [Ingl.] – Substantivo masculino. Inform. 1 – Computador de uso pessoal que possui tela sensível ao toque. 2. Tipo especial de caneta, usada para registrar notas diretamente na tela do computador.
Spam – [Ingl.] – Substantivo masculino. Inform. Mensagem publicitária ou não, recebida via correio eletrônico sem o consentimento ou solicitação do usuário.
Blogar – Verbo intransitivo. Manter um blog (em se tratando dos internautas). [Conjug.: rogar.]
Tuitar – [do inglês twitt(er) + -ar2]- verbo intransitivo. 1. Postar no twitter comentários, informações, fotos, etc. ger. de caráter pessoal ou institucional. 2. Acompanhar os fatos, ideias, informações, etc. registrados por alguém em seu twitter. [conjug.: ajuizar.]
Fotolog – [Adapt. do ingl. photolog.]Substantivo masculino. 1. Álbum de fotografias virtual, posto na Internet.
Cookie – [Ingl.] Substantivo masculino. 1. Cult. Biscoito crocante e macio, de forma arredondada, ger. recheado com nozes, passas, etc. 2. Inform. Informação coletada por um navegador Web que fica armazenada no computador, e que pode ser us. por sites da Internet.

Ordem direta e inversa das palavras

Um dos requisitos essenciais à compreensão de todo e qualquer enunciado linguístico é a maneira pela qual o emissor organiza seu discurso e o distribui mediante um contexto oracional.
Ao nos referirmos a esta “distribuição” estamos exatamente enfatizando a ordem direta a que se relacionam as palavras. Vejamos, pois, um caso representativo:
Alternativas precisamos viáveis problema buscar este para.
De forma notória, constatamos que as ideias não foram organizadas de modo a estabelecer uma comunicação de maneira clara e precisa, representando, desta forma, a ordem inversa dos termos. Mediante tal ocorrência, menciona-se a importância relacionada aos termos essenciais da oração, isto é, o sujeito, predicado e seus respectivos complementos. Sendo assim, o exemplo supracitado mostra-se passível de uma reformulação, uma vez representada por:
Precisamos buscar alternativas viáveis para este problema.
Ao analisarmos sintaticamente os termos constituintes, concluímos:
Sujeito oculto – Nós
Precisamos buscar – predicado verbal
Alternativas viáveis – objeto direto
Viáveis – predicativo do objeto
Para este problema – complemento nominal

Confirmamos, assim, que tais pressupostos se encontram perfeitamente demarcados, constituindo a ordem direta das palavras. Outro aspecto passível de nota é que a ordem direta também se configura como pressuposto primordial à construção de todo e qualquer texto, com vistas a conferir clareza e objetividade à mensagem ora transmitida.

O valor semântico dos radicais

Em virtude das particularidades concernentes à Gramática, há um fato linguístico relacionado ao processo de formação de palavras.

Desta forma, há de conceber que inúmeras palavras pertencentes à Língua Portuguesa são originárias de outras línguas, mais precisamente do Grego e do Latim.
Para melhor compreendermos como se dá este processo, tomaremos como exemplo a palavra autolimpante. A mesma é composta por dois radicais: auto- e limp-.
Auto- é um radical grego, cujo significado relaciona-se a “por si mesmo”, e limp- é um radical que possibilita a criação de uma série de novas palavras formadas a partir dele.

Como por exemplo: limpeza, limpo, limpar, dentre outras. Desta forma, o termo em evidência significa limpa a si mesmo, por si só.

Ampliando a noção de como se dá a semântica de alguns radicais de origem grega e latina, analisaremos algumas ocorrências a seguir:

Origem Latina:
Radicais Significado Exemplos
agri campo agricultor
beli guerra belígero
ferri ferro férrico
loco lugar localidade
 mater  mãe  materno
 oculo  olho  ocular
 opera  trabalho, obra  operário
 pater  pai  paternal
 reti  reto  retilíneo
 tri  três  trimestre
 vermi  verme  vermífugo
 video  que vê  vidente
 vini  vinho  vinicultura
 voro  que come  carnívoro

Origem Grega:
Radicais Significado Exemplos
agogo que conduz pedagogo
algia dor nevralgia
arquia governo monarquia
bata que caminha acrobata
cloro verde clorofila
derma pele dermatologista
eto costume ética
hema sangue hemácia
mancia advinhação quiromancia
pedia instrução enciclopédia
pleo cheio pleonasmo
termo calor termômetro
topo lugar topógrafo
zoo animal zoologia

O termo "alerta"

Analisemos, primeiramente, os enunciados em questão, atendo-nos ao termo ora destacado:


A população estava alerta, pois havia risco de inundação.

Todos olhavam alerta para as manobras arriscadas do piloto. 

O alerta já foi dado pelo corpo de bombeiros, pois há áreas que oferecem perigo aos banhistas. 


No primeiro enunciado, defrontamo-nos com um adjetivo, haja vista que ele confere uma característica ao substantivo “população”. Nesse sentido, retomemos as particularidades relativas às classes gramaticais – tendo em vista a possibilidade de serem passíveis de flexão ou não. Como se trata de um adjetivo, esse concorda com o substantivo, no caso em questão, em gênero e número: alerta – feminino/ população – singular.

No segundo exemplo constatamos que se tata de um advérbio, pois o termo “alerta” está indicando a circunstância em que se encontra o verbo “olhavam”. Partindo desse princípio, temos que ele permanece invariável, tendo em vista suas reais características.

No terceiro enunciado, notamos que o termo em questão se caracteriza como um substantivo, ora denotando “aviso”, “comunicado”, portanto, perfeitamente passível de flexão. Poderíamos dizer que “os alertas já foram dados pelo corpo de bombeiros, pois há áreas que oferecem perigos aos banhistas”. Assim sendo, estaríamos fazendo a devida concordância entre o verbo e o substantivo.

Mediante tais pressupostos, o que podemos inferir é que a flexão ou não do termo em estudo depende única e exclusivamente do contexto em que ele se encontra empregado.

Dessa forma, compartilhamos com mais uma particularidade que norteia os fatos linguísticos. 

O recorrente uso de alguns termos

A opção de atribuirmos o adjetivo “recorrente” ao título foi tão somente para enfatizarmos uma prática linguística bastante usual e que, sem nenhuma dúvida, se torna imperceptível aos olhos de uma leva de emissores.
Constatamos que tal prática se materializa não somente em falas cotidianas, mas também com uma certa predominância na linguagem não verbalizada, retratada nos outdoors, panfletos, anúncios, banners, enfim, em todos os discursos que representam a modalidade em questão.
Ao nos referirmos às falas diárias, mencionamos o fato de que mesmo em se tratando da oralidade, certos “deslizes” se configuram como verdadeiras gafes, influenciando de modo negativo nossa postura enquanto interlocutores.
Diante de tal prerrogativa, é essencial que estejamos vigilantes quanto às nossas atitudes, no intuito de evitarmos consequências desagradáveis. Para tanto, nada que algumas dicas não possam atuar como excelentes subsídios rumo a este propósito, como estas evidenciadas a seguir, com vistas a exemplificar os casos de maior incidência. Vejamos, portanto:
a) Ao meu ver estas decisões não foram tão eficazes quanto imaginávamos.

Neste caso, alerta-se para o fato de que tal expressão não é precedida por artigo. Sendo, assim, reformulada:
A meu ver estas decisões não foram tão eficazes quanto imaginávamos.
b) Esperamos que todos sejem muito felizes nesta nova caminhada.

Menciona-se, aqui, para a questão referente ao correto emprego do verbo, tendo em vista o tempo e modo a que se refere. Como se trata do presente do modo subjuntivo, a expressão se evidenciaria da seguinte forma:
Esperamos que todos sejam muito felizes nesta nova caminhada.
c) Já é 8h, e nada de eles aparecerem.

Sugere-se uma total atenção quanto à concordância referente ao verbo “ser”, uma vez que este, na indicação de tempo, medida ou quantidade, é flexionado. Portanto, reformulando o discurso, obteríamos:
Já são 8h, e nada de eles aparecerem.
d) Certamente você gostará do óculos que mandei fazer.

Há, na língua, determinadas palavras que só existem sob a forma pluralizada, e óculos é um típico exemplo destas. Assim sendo, ao estabelecermos a concordância, obteríamos:
Certamente você gostará dos óculos que mandei fazer.
e) Houveram muitas reclamações em relação ao novo modelo de telefonia móvel.
O verbo “haver”, quando retratado pelo sentido de existir, se configura como impessoal, permanecendo, impreterivelmente, na 3ª pessoa do singular, assim expresso:
Houve muitas reclamações em relação ao novo modelo de telefonia móvel.
f)Aluga- se apartamentos para temporada.
Quando analisado, o sujeito da referida oração manifesta-se pelo vocábulo “apartamentos” e, sobretudo, quando transformada na voz passiva, a oração se evidencia por:
Apartamentos são alugados para temporada. Logo, alugam-se apartamentos para temporada.
g) Você hoje me parece meia confusa.
Prefira alimentos com menas calorias.
Ambos os enunciados estão submetidos a uma característica de total relevância: o fato de os advérbios (meio/menos) pertencerem a uma classe gramatical invariável. Assim sendo, estes carecem de uma reformulação, representada por:
Você hoje me parece meio confusa.
Prefira alimentos com menos calorias.

O plural das palavras terminadas em ão

Limãos ou limões, cidadãos ou cidadões, refrãos ou refrões?

As palavras terminadas em –ão podem formar plural de três modos: -ões, -ãos ou –ães. Não há uma regra específica a ser seguida para se fazer este plural, pois pode variar entre os três e dependerá unicamente da origem da palavra, ou seja, de sua etimologia.

A maioria dos substantivos e adjetivos que terminam em –ão faz o plural em –ões. Vejamos:

Balão – balões
Botão - botões
Cordão – cordões
Estação - estações
Limão – limões
Paixão - paixões
Visão – visões
Razão - razões

Quando a terminação –ão recaí sob a sílaba átona -sem tonicidade, pronunciada mais fracamente- o plural obedece a regra básica: acrescenta-se “s” no final:

Bênção – bênçãos
Órgão – órgãos
Sótão – sótãos

Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas entre algumas oxítonas, monossílabas ou não, acontece o mesmo: mão –mãos, chão – chãos, grão-grãos, irmão –irmãos, artesão-artesãos.

Poucos vocábulos tem seu plural em –ães:

Alemão- alemães
cão – cães
capitão – capitães
catalão – catalães
charlatão – charlatães
escrivão – escrivães
guardião – guardiães
pão – pães
sacristão – sacristães
tabelião – tabeliães

Outras palavras aceitam mais de uma forma de se fazer o plural, como os seguintes casos:

-alazão - alazães e alazões
-aldeão – aldeões, aldeãos e aldeães
- anão – anões e anãos
- ancião – anciãos, anciães e anciões
- artesão – artesães e artesãos
- castelão – castelãos e castelões
- cirurgião – cirurgiões e cirurgiães
- corrimão – corrimãos e corrimões
- deão - deães e deões
- ermitão – ermitãos, ermitães e ermitões
- faisão – faisães e faisões
- guardião - guardiães e guardiões
- hortelão – hortelãos e hortelões
- refrão – refrães e refrãos
- rufião – rufiões e rufiães
- sacristão -sacristães e sacristãos
- sultão – sultões, sultãos e sultães
- Verão – verões e verãos
- vilão – vilãos e vilões
- zangão – zangões e zangãos

Decorar não é a maneira ideal de assimilar esses plurais, uma vez que há muitas exceções e modos de se falar. Portanto, a prática é a melhor maneira de aprendê-los! Pois, é difícil esquecer de algo que é de nosso costume, que já faz parte da rotina.

O não como prefixo

Muitas são as palavras existentes na nossa língua portuguesa formadas por prefixos cujos sentidos são atribuídos a vários aspectos, dentre eles o de negação. Dessa forma, temos vocábulos como: desleal, incompreensível, incompatível, inútil, desfavorável, etc. Constatamos que os prefixos “-des” e “-in” se encarregaram de atribuir às palavras o sentido em questão.
Sabemos também que há outras palavras, ainda que não formadas pelo mesmo prefixo, mas que carregam em si a mesma carga semântica. Exemplos como “não-verbal”, “não-concluído”, “não-poluente”, etc., revelam que os prefixos antes ressaltados não lhes caberiam, haja vista que soaria um tanto quanto estranho dizermos “inverbal”, “desverbal”, “desconcluído” e por aí vai. Assim, diante desse fato linguístico, temos que nos ater a duas observações importantíssimas: a primeira delas diz respeito ao emprego do hífen, cuja presença se deve ao fato de demarcar que o “não” foi deslocado de uma função a outra, ou seja, o que antes atuava (e ainda continua atuando) como um adjunto adverbial, agora faz o papel de um prefixo. Tem-se que tal ocorrência, por sinal recente, atesta o dualismo existente entre as palavras, ou seja, o não-verbal x verbal, o não-concluído x concluído e assim por diante.

O outro aspecto, não menos importante, refere-se ao fato de que depois do advento promulgado pela nova reforma ortográfica, o hífen, antes demarcado nas palavras constituídas do “não” na qualidade de prefixo deixou de existir. Assim, o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) atesta que agora os exemplos antes citados, assim como os demais, não trazem consigo o uso desse sinal. Ou seja:
NÃO VERBAL
NÃO CONCLUÍDO
NÃO POLUENTE...
Como bom usuário deste vastíssimo idioma, não se esqueça de se atentar para os muitos pressupostos que o demarcam, inclusive esse que acabamos de conferir.

O emprego do hífen

O hífen representa um sinal gráfico, cujas funções estão associadas a uma infinidade de ocorrências linguísticas, tais como:
- ligar palavras compostas;

- fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas verbais, representadas pela mesóclise e ênclise;

- separar as sílabas de um dado vocábulo;

- ligar algumas palavras precedidas de prefixos.

Com o advento da Nova Reforma Ortográfica, houve algumas mudanças em relação à sua aplicabilidade. Sendo assim, dada a complexidade que se atribui ao sinal em questão, o presente artigo tem por finalidade evidenciá-las, procurando enfatizar, em alguns casos, o que antes prevalecia e o que atualmente vigora. Mediante tais pressupostos, constatemos, pois:
Circunstâncias linguísticas a que se deve o emprego do hífen:
# O hífen passa a ser usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma vogal.



Nota importante:
- Essa regra padroniza algumas exceções já vigentes antes do Acordo.

auto-observação – auto-ônibus – contra-atacar
- Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que termina o prefixo.
coobrigar – coadquirido - coordenar – reeditar – proótico - proinsulina...
# Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavras iniciadas com “h”.

anti-higiênico – anti-histórico – co-herdeiro - extra-humano – pró-hidrotópico - super-homem...
# Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra começar com a mesma consoante.
inter-regional – sub-bibliotecário – super-resistente...
# Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”, usa-se o hífen.
sub-regional – sub-raça – sub-reino...
# Diante dos prefixos “-além, -aquém, -bem, -ex, -pós, -recém, -sem, - vice, usa-se o hífen.
além-mar – aquém-mar – recém-nascido – sem-terra – vice-diretor...
# Diante do advérbio “mal” , quando a segunda palavra começar por vogal ou “h”, o hífen está presente.
mal-humorado – mal-intencionado – mal-educado...
# Com os prefixos “-circum” e “-pan”, diante de palavras iniciadas por “vogal, m, n ou h”, emprega-se o hífen.
circum-navegador - pan-americano – circum-hospitalar – pan-helenismo...
# Usa-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise.

entregá-lo – amar-te-ei – considerando-o...
# Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por “-açu”, “-guaçu”, “-mirim”, usa-se o hífen.
jacaré-açu – cajá-mirim – amoré-guaçu...
Casos em que não se emprega o hífen:
# Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar por uma vogal diferente.



Nota importante:
- Essa nova regra padroniza algumas exceções existentes antes do Acordo.

aeroespacial – antiamericano – socioeconômico...
# Não se usa mais o hífen em determinadas palavras que perderam a noção de composição.



Observação:
 - O hífen ainda permanece em palavras compostas desprovidas de elemento de ligação, como também naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas.
azul-escuro – bem-te-vi – couve-flor – guarda-chuva – erva-doce – pimenta-de-cheiro...
# Não se emprega mais o hífen em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas.
fim de semana – café com leite... 

Exceções:
O hífen ainda permanece em alguns casos, expressos por:

água-de- colônia – água-de-coco – cor-de-rosa...
# Quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, depois de prefixo terminado em vogal, retira-se o hífen e essas consoantes são duplicadas.
 

Observações importantes:
- O hífen será mantido quando os prefixos terminarem com “r” e o segundo elemento começar pela mesma letra.
hiper-requintado – inter-regional – super-romântico – super-racista...

- A nova regra padroniza algumas exceções já existentes antes do acordo, como é o caso de:
minissaia – minissubmarino - minissérie...
# Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”.
anteprojeto – autopeça – contracheque – extraforte – ultramoderno...
# O hífen não deve ser usado quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra consoante diferente.
hipermercado – hiperacidez - intermunicipal – subemprego – superinteressante – superpopulação...
# Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por consoante, não se emprega o hífen.
malfalado – malgovernado – malpassado – maltratado – malvestido...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Tipos de predicado

Para compreendermos os tipos de predicado existentes na Língua Portuguesa, temos, primeiramente, que saber a definição de predicado.

Predicado é tudo o que se declara acerca do sujeito, ou seja, é tudo que há na frase que não é o sujeito.

Predicado Verbal

O predicado verbal possui obrigatoriamente um verbo, o qual é o núcleo do predicado. O verbo é núcleo do predicado quando é nocional, ou seja, que demonstra uma ação.

Os alunos estudam todos os dias para o concurso.

Observe na frase que o verbo “estudam” evidencia uma ação: o ato de estudar, e diz respeito ao sujeito “os alunos” ao mesmo tempo que é complementado pelo restante do predicado “todos os dias para o concurso”. Porém, como o núcleo do predicado é o verbo “estudam”, chamamos o predicado de verbal.

Predicado Nominal

No predicado nominal o núcleo do predicado é um nome, o qual exerce a função de predicativo do sujeito.
Predicativo do sujeito é um termo que dá significado, atributo, característica ao sujeito ou, ainda, exprime seu estado ou modo de ser. O predicativo é conectado ao sujeito sempre através de um verbo de ligação.

1ª. Ela está cansada.
2ª. As taxas de juros continuam elevadas.

Observe na primeira oração que “cansada” é um atributo dado ao sujeito “Ela”. O sujeito “Ela” e o predicado nominal “cansada” estão conectados pelo verbo de ligação “está”.
Na segunda frase, observamos o mesmo processo anterior de análise: perguntamos quem continua? e continua o quê? E temos as respostas: “as taxas de juros” (sujeito) e “elevadas” (predicado nominal), ou seja, o predicativo nominal só atribui significado ao sujeito quando ligado pelo verbo de ligação (continuam). A oração só tem sentido pelo complemento (predicado) “elevadas”, o qual é, portanto, o núcleo do predicado nominal.

Predicado verbo-nominal

O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo nocional, como vimos no predicado verbal, e um predicativo, que pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo.

Os alunos estudaram cautelosos para o simulado.

Observamos na frase que há dois núcleos: o verbo nocional (estudaram), ou seja, o sujeito praticou uma ação. No entanto, há uma característica dada ao sujeito “cautelosos”, que é, portanto, uma predicação, uma qualidade concedida ao sujeito, logo, é o predicativo do sujeito. Poderíamos desdobrar a última oração em duas:

Os alunos estudaram para o simulado. Eles foram cautelosos.

Na primeira oração temos um predicado verbal “estudaram para o simulado”, no qual o núcleo é o verbo nocional “estudaram”. Já na segunda oração o núcleo do predicado é um nome “cautelosos” conectado por um verbo de ligação (foram) ao sujeito (Eles) e, portanto, é um predicado nominal.

Tipos de frases

Um fator muito importante quando se trata da linguagem escrita é a chamada intencionalidade discursiva, ou seja, o verdadeiro objetivo pretendido pelo interlocutor através daquilo que ele escreve.

Tanto na fala quanto na escrita, revelamos nossa mensagem por meio dos diversos tipos de textos. Tais como: um relato sobre fatos acontecidos, um comunicado urgente, um telefonema, e tantos outros.

Os sinais de pontuação são elementos significativos no que se refere à questão do discurso, pois eles revelam nossos sentimentos em relação àquilo que queremos transmitir. Como é o caso de fazermos uma pergunta a alguém, darmos uma ordem ou até mesmo expressarmos um pedido, exclamarmos sobre algo agradável ou desagradável e afirmarmos ou negarmos a respeito de um determinado assunto.

Como já sabemos, o texto é um composto de frases, orações e períodos, formando assim um todo, constituindo uma sequência lógica de ideias. E ao nos referirmos às frases, é importante sabermos que as mesmas recebem nomenclaturas diferentes, variando de acordo com o grau de entonação. Por isso vejamos:

Frases Declarativas, dividem-se em: Afirmativas e Negativas.

Negativas - O final de semana não foi muito agradável.

Afirmativas - Quando a intenção é de afirmar. Ex: Hoje será um belo dia.

Interrogativas - É quando se questiona sobre algo. Ex: Você não irá comigo à festa?

Exclamativas - Expressam nossos sentimentos em relação a algo. Ex: Como a menina é estudiosa!
Eu não gostei da sua atitude!

Imperativas - Expressam desejos, indicam uma ordem por parte do interlocutor da mensagem. Ex: Vá já ao supermercado e traga-me a encomenda.
Liberte-se de todas as suas desconfianças.

Outros sinais de pontuação também são indicadores da intencionalidade discursiva, como é o caso das reticências, uma vez que as mesmas indicam supressão de pensamento, variando de acordo com aquilo que se pretende alcançar por meio da linguagem.

Sujeito e Predicado

Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita através do predicado.

Predicado: é o termo da oração que, através de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.

Exemplo:
A pequena criança
me contou a novidade com alegria no olhar.
Sujeito
Predicado
Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:

• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas.


Tipos de sujeito

• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;

- indicar quem é esse elemento.

Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:

Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.

Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.

Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.

Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:

- sujeito determinado implícito na desinência verbal;

- sujeito elíptico;

- sujeito oculto;

Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.
(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas

- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.

Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;

Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.

- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do singular.

Exemplo: Precisa-se de balconista.

* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o sujeito classifica-se como determinado.

Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.

* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem:

Exemplos: Discutiu-se o fato.

Discordou-se do fato.

Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado.

Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome se pode funcionar como:

• Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;

• Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado.

Se – Partícula apassivadora

Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:

• Verbo na terceira pessoa (singular e plural)

• Pronome se;

• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;

• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).

Exemplo:
Contou
se
a história.
verbo na 3ª pessoa
pronome
substantivo sem preposição.
Transformação:
Foi contada a história.
voz passiva analítica (com o verbo ser)   
A análise da frase anterior será então a seguinte:
Contou
se
a história.
Voz passiva sintética ou pronominal
partícula apassivadora
sujeito determinado simples

Se – Índice de indeterminação do sujeito

Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:

• Verbo na terceira pessoa do singular;

• Pronome se;

• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica.

Exemplo:
Falou
se
da história.
verbo na 3ª pessoa do singular
pronome
substantivo com preposição
Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:
?
falou
se
da história
sujeito indeterminado
verbo na voz ativa
índice de indeterminação do sujeito
objeto
• Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.

Exemplo: Choveu durante o dia.

O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes:

- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.

Exemplo: Houve poucas reclamações.

- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.

Exemplo: Faz dois anos que te perdi.

- ser: na indicação de tempo e distância.

Exemplo: É dia.

- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;

Exemplo: Nevou durante a madrugada.
Choveu muito durante o dia.

Sigla

A sigla é um tipo de abreviação utilizada para reduzir algumas palavras, a fim de que haja mais agilidade tanto ao falar, quanto ao escrever. É formada, geralmente, pelas iniciais dos termos.

Até pouco tempo atrás, costumava-se colocar pontos entre as letras que compõe a sigla e também no final (O.N.U.). Contudo, atualmente, eles são desnecessários!

Cada sigla tem um gênero e para saber se feminino ou masculino, observe a primeira palavra! Dessa forma, dizemos o CEP, a EMBRATEL, a FIFA, o SENAC, etc.

No entanto, o fato de se usar “o” ou “a” para destacar o gênero pode ser baseado em uma ideia implícita na sigla quando a primeira palavra da expressão que a compõe estiver no plural. Assim, dizemos o Ceasa ao invés de a Ceasa (Centrais de Abastecimento S.A.). A ideia subentendida aqui corresponde ao fato de relacionarmos “centrais de abastecimento” a “armazéns” (o Armazém = o Ceasa).

Muitos perguntam a diferença entre sigla e abreviatura. A resposta é simples, já que agora, a primeira você já sabe. Como o próprio nome indica, a abreviatura também é um tipo de abreviação que se diferencia da sigla por considerar um segmento da palavra enquanto que esta última considera as iniciais.

Por uma questão fonológica, algumas siglas permaneceram na ordem da língua de origem, como: AIDS (acquired immunodeficience syndrome); CD (compact disc); DNA (d(eoxyribo)n(ucleic) a(cid)), etc.

Há ainda aquelas que coincidentemente ficam na mesma posição tanto em português quanto em inglês, como é o caso de: ONU (Organization of the United Nations ou Organizações das Nações Unidas).

Vemos muitas siglas sendo utilizadas no âmbito da economia onde há muitos impostos, taxas.

Veja alguns exemplos de siglas:

CEP – Código de Endereçamento Postal
DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito
EMBRATEL – Empresa Brasileira de Telecomunicações
FIFA – Federação Internacional das Associações de Futebol
FUNAI – Fundação Nacional do Índio
FUVEST – Fundação Universitária para o Vestibular
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística
IGPM – Índice Geral de Preços do Mercado
IOF – Imposto sobre Operações de Crédito
INSS – Instituto Nacional de Segurança Social
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
IR – Imposto de Renda
ISV – Imposto sobre veículo
ONU – Organização das Nações Unidas
PIS – Programa de Integração Social
PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SPC – Serviço de Proteção ao Crédito
UNESCO – Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas.

Sentido literal e sentido figurativo

Sentido literal é aquele que pode ser tomado como o sentido “básico, usual” da palavra ou expressão, esse pode ser compreendido sem ajuda do contexto.
Quando uma palavra ou enunciado se apresenta em seu sentido usual, adquire valor denotativo.

Sentido figurado é o que as palavras ou expressões adquirem em situações particulares de uso. A palavra tem valor conotativo quando seu significado é ampliado ou alterado no contexto em que é empregada, sugerindo idéias que vão além de seu sentido mais usual.

Relação de alguns superlativos absolutos sintéticos

Quando se trata do gênero dos adjetivos, os mesmos apresentam certa divergência quando comparados aos substantivos.

Tomando como ponto de partida os exemplos abaixo, tão logo entenderemos esta diferença:

garoto – garotinho – garotão

Percebemos o substantivo em destaque (garoto), juntamente com seu aumentativo e diminutivo.

Atendo-nos à questão do grau do adjetivo, teríamos:

O garoto é tão esperto quanto seu irmãoComparativo de igualdade

O garoto é o mais esperto dos irmãos
superlativo relativo de superioridade

O garoto é muito esperto
superlativo absoluto analítico

O garoto é espertíssimo
superlativo absoluto sintético

Em função destas particularidades acima mencionadas, torna-se de fundamental importância ampliarmos nossos conhecimentos no que se refere à maneira correta de empregarmos o superlativo absoluto sintético de alguns adjetivos.

Eis que segue uma relação com os mesmos:


Adjetivos Superlativo absoluto sintético
Ágil Agilíssimo ou agílimo
Amargo Amaríssimo
Áspero Aspérrimo
Amigo Amicíssimo
Agradável Agradabilíssimo
Bom Boníssimo ou ótimo
Benéfico Beneficentíssimo
Benévolo Benevolentíssimo
Cruel Crudelíssimo
Capaz Capacíssimo
Difícil Dificílimo
Dócil Docílimo
Doce Dulcíssimo ou docíssimo
Eficaz Eficacíssimo
Fácil Facílimo
Fiel Fidelíssimo
 Feroz  Ferocíssimo
 Frágil  Fragílimo
 Geral  Generalíssimo
 Grande  Máximo
 Humilde  Humílimo
 Incrível  Incredibilíssimo
 Jovem  Juveníssimo
 Livre  Libérrimo
 Magro  Magríssimo ou macérrimo
 Manso  Mansuetíssimo
 Miserável  Miserabilíssimo
 Negro  Negríssimo ou nigérrimo
 Notável  Notabilíssimo
 Nobre  Nobilíssimo
 Pobre  Paupérrimo ou pobríssimo
 Pequeno  Mínimo
 Respeitável  Respeitabilíssimo
 Sábio  Sapientíssimo
 Sagrado  Sacratíssimo
 Simpático  Simpaticíssimo
 Terrível  Terribilíssimo
 Veloz  Velocíssimo
 Voraz  Voracíssimo

Regência de alguns nomes

Enquanto usuários, dispomos de um acervo lexical consideravelmente amplo. Eis uma habilidade, sem dúvida, haja vista que dispor de um repertório variado contribui de forma significativa para redigirmos textos de qualidade. Contudo, tal aspecto, em se tratando, sobretudo da linguagem escrita, parece (e realmente não é) o bastante. Para que possamos estruturar nosso pensamento de forma clara e coerente, precisamos, antes de tudo, estar conscientes da relação de dependência que se estabelece entre os termos, estando eles inseridos num dado contexto oracional.
Dessa forma, compreendermos acerca de tal relação, significa, sobretudo, fazer bom uso do idioma que falamos, e nesse ínterim prepondera uma ocorrência de fundamental importância – a regência de alguns nomes.
Lembrando que nomes, em termos gramaticais, referem-se ao substantivo, adjetivo e advérbio, temos que a regência nominal se caracteriza pela relação estabelecida entre esses nomes e os respectivos complementos que a eles se atribuem, entendendo que essa relação sempre se efetiva por meio de uma preposição. Assim, um mesmo nome pode ser regido por preposições diferentes, a depender do significado que ele representa em se tratando do contexto.
Vejamos, pois, a relação de alguns nomes:
Substantivos
ADMIRAÇÃO – a, por
AVERSÃO – a, para, por
ATENTADO – a, contra
BACHAREL – em
CAPACIDADE – de, para
DEVOÇÃO - a
DÚVIDA – em, sobre, acerca de
EMPENHO – de, em, por
FALTA – a, com, de, para com
INCLINAÇÃO – a, para, por
OBEDIÊNCIA - a
OJERIZA – a, por
RESPEITO – a, com, por, para com
Adjetivos
ACOSTUMADO – a, com
AFÁVEL – com, para com
ALHEIO - a, de
ANSIOSO – de, para, por
APTO – a, para
COMPATÍVEL – com, a
CONSTITUÍDO – com, de, por
CURIOSO – de, por, a
DESCONTENTE – com
EQUIVALENTE – a
FAVORÁVEL – a
GENEROSO - com
IMBUÍDO - de
INCOMPATÍVEL - com
PREJUDICIAL - a
PROPÍCIO - a
PRÓXIMO - a, de
SENSÍVEL - a
SITUADO- a, em, entre
SUSPEITO - de
Advérbios
LONGE - de
PERTO - de

Radicais e prefixos latinos

Lista de alguns dos principais radicais e prefixos de origem latina encontrados em português:
Radicais de origem latina:
Radical Sentido Exemplo
agri campo agricultor
ambi ambos, duplicidade ambíguo
arbori árvore arborizar
avi ave avicultura
beli guerra beligerante
bi, bis duas vezes bípede, bisavô
calor (i) calor calorimetria
capit (i) cabeça decapitar
cida que mata suicida
cola que cultiva ou habita vinícola, agrícola
cruci cruz crucificar
cultura cultivar apicultura
curvi curvo curvilíneo
ego eu egocentrismo
equi igual equivalente
evo idade medievo
fero que contém ou produz mamífero
fico que faz ou produz frigorífico
fide fidelidade
forme forma uniforme
frater irmão fraterno
fugo que foge centrífugo
gero que contém ou produz benéfico
herbi erva herbicida
loco lugar localizar
ludo jogo ludoterapia
mater mãe materno
morti morte mortífero
multi muito multinacional
oni todo onipresente
pari igual paridade
paro que produz ovíparo
pater pai paterno
pade pedestre
pisci peixe psicultura
pluri vários pluricelular
pluvi chuva pluvial
puer crinaça pueril
quadri quatro quadrilátero
reti reto, direito retilíneo
sacar açúcar sacarose
sapo sabão saponáceo
sesqui um e meio sesquipedal
silvi floresta silvícola
taur (i) touro taurino
tri três tricolor
umbra sombra penumbra
uxor esposa uxoricida
vermi verme vermífugo
voro que come carnívoro
Prefixos de origem latina:
Prefixo Sentido Exemplo
ab (abs) afastamento abstrair
ad (a) proximidade, direção adjazer
ambi duplicidade ambidestro
ante anterioridade antedatar
bem bem, bom êxito bendizer
bi dois bissexual
circum movimento em torno circunavegação
cis posição aquém cisalpino
com (con ou co) companhia combater, colaborar, contemporâneo
contra oposição contradizer
de origem, afastamento deportar
des negação, separação, ação contrária desleal, desfazer
em (en ou in) movimento para dentro enterrar
ex (es ou e) movimento para fora exportar
extra fora de extra-oficial
in negação imberbe, infeliz
infra abaixo infra-assinado
inter entre, posição intermediária intervir
intra posição interior intravenoso
intro movimento para dentro introduzir
justa junto de justapor
mal mal maldizer
ob oposição obstar
pene quase penúltimo
per movimento através percorrer
pos posição posterior pospor
pre anterioridade predizer
preter além de preternatural
pro anterioridade, em frente prosseguir
re movimento para trás, de novo refrear
retro movimento para trás retroação
semi metade semicírculo
soto posição inferior sotopor
sub inferioridade, de baixo para cima subscrever
super posição superior super-homem
supra posição superior supracitado
trans além de transpassar
tri três tripartido
ultra além de limite ultrapassar
vis (vice) no lugar de vice-cônsul

Radicais e Prefixos gregos

Ao estabelecermos contato com os fatos linguísticos, por vezes regidos pela gramática normativa, deparamo-nos com distintos questionamentos de ordem ortográfica, semântica, sintática, enfim. Fato considerado aceitável, dada a complexidade demarcada pelas regras e exceções existentes na gramática. 

O fato é que isso não pode ser um estigma, a ponto de você conceber a língua como algo repugnante, indesejável. Assim, de modo a evitar possíveis confusões, bem como no intuito de ampliar seus conhecimentos acerca de tais fatos, verifique agora algumas questões de plural.

* O plural de Curriculum Vitae:
Como se trata de um termo latino, o ideal é que você opte apenas por dizer “os currículos”, fazendo uso do nosso bom e velho português.

* Bastantes ou bastantes?

Nesse caso, temos que fazer a diferenciação entre adjetivo e advérbio, haja vista que este não aceita flexão alguma, e aquele permite ser flexionado. Sendo assim, note:

Estamos bastante preocupadas.
Aqui ele funciona como advérbio, permanecendo invariável, portanto.

Foram bastantes as encomendas.
Já aqui se trata de um adjetivo, o qual qualifica o substantivo “encomendas”, variável, portanto.

* Fax ou faxes?

“Fax” deriva do inglês, numa redução de fac-símile, cujo plural se dá por fac-símiles. Contudo, como se tata de um meio de transmissão, correto seria dizermos somente “enviamos as fotos por fax”. Assim, seguindo a mesma regra de ônix e dúplex, dada a ocorrência de serem terminados em “x”, tem-se: um fax, três fax e assim por diante.

No entanto, a terminação “-es” vem sendo permitida. Portanto, podemos dizer “fax”, quando expresso no singular; e “faxes”, no plural. Mesmo porque o dicionário Houaiss já os registra dessa maneira.

Questionamentos Linguísticos

Por certo, mediante sua postura enquanto usuário da língua, questionamentos linguísticos representam uma realidade. Dada essa razão, eis algumas dicas de expressões das quais cotidianamente fazemos uso, de modo a deixá-lo (a) a par dos pressupostos que os norteiam. Observe:
A FAVOR / EM FAVOR...

As duas expressões são corretas, mas seu uso dependerá do termo que as antecede. Veja alguns exemplos:

Eles não se mostraram nem contra nem a favor das decisões tomadas.

Tudo foi feito em favor da conquista de tantas vitórias alcançadas.

A TEMPO / EM TEMPO...

Como no caso anterior, ambas as expressões são consideradas corretas, sem que nenhum prejuízo seja causado ao padrão formal da linguagem. No entanto, a mais usual é a expressão “a tempo”, como demonstra o exemplo a seguir:

Não chegaram a tempo, por isso perderam o voo de volta para casa.
DIUTURNO / DIURNO...

“Diuturno” faz referência a uma ação executada diariamente, isto é, a um trabalho contínuo. Observe:

Na empresa, os trabalhos são realizados diuturnamente.

Ela trabalha no período diurno. (contrário do noturno)
A PÉ/ EM PÉ/ DE PÉ...
A expressão “a pé” denota a ação de deslocar-se para um determinado local sem qualquer tipo de veículo. Note:

Ele anda a pé.

“De pé” se refere ao fato de continuar, firmar, subsistir, manter-se. Analise o exemplo:

Nossa proposta continua de pé, não é verdade?

“Em pé” diz respeito ao ato de se encontrar ereto sobre os próprios pés, abnegando-se de estar deitado ou sentado. Confira:
Consegui pedir o copo-d’água de pé.

Processos de Derivação

Na Língua Portuguesa, além dos processos de formação de palavras pelo acréscimo de prefixos e sufixos, existem outras formas de derivação.

Derivação parassintética

Ocorre quando se acrescenta ao mesmo tempo, um prefixo e um sufixo à palavra primitiva. É a simultaneidade da afixação que constitui a parassíntese.
Assim, na palavra infelizmente não ocorre parassíntese, pois o prefixo in- e o sufixo –mente são acrescentados ao radical em momentos diferentes. Já na palavra enraivecer ocorre parassíntese, pois o fato de não existirem os termos enraiva ou raivecer indica que a junção dos afixos ocorreu simultaneamente.

Derivação regressiva

Ocorre a derivação regressiva quando se reduz a palavra primitiva. É esse processo que produz os substantivos deverbais, que são substantivos derivados a partir de verbos, pela eliminação da desinência verbal e acréscimo das vogais temáticas nominais –a, -o ou –e ao radical verbal.
É o que ocorre nas palavras: abalo (de abalar), troca (de trocar), busca (de buscar), choro (de chorar), combate (de combater).

Derivação imprópria

Ocorre quando a palavra primitiva muda de classe gramatical, não sofrendo alteração em sua estrutura.
Ex: Não admito um não vindo de você! (advérbio torna-se substantivo)
O movimentar de suas mãos denunciava-o. (verbo torna-se substantivo)

Polissemia

Consideremos as seguintes frases:

Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja!
Vamos! Coloque logo a mão na massa!
As crianças estão com as mãos sujas.
Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.

Chegamos à conclusão de que se trata de palavras idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuem o mesmo significado?
Existe uma parte da gramática normativa denominada Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes significados que uma mesma palavra apresenta de acordo com o contexto em que se insere.

Tomando como exemplo as frases já mencionadas, analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordo com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo dicionário.

Na primeira, a palavra “mão” significa habilidade, eficiência diante do ato praticado.
Nas outras que seguem o significado é de: participação, interação mediante a uma tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por último, simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa.

Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as situações de aplicabilidade.

Há uma infinidade de outros exemplos em que podemos verificar a ocorrência da polissemia, como por exemplo:

O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.

Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivência
O passarinho foi atingido no bico.

Para que serve a Acentuação

A acentuação serve para auxiliar a representação escrita da linguagem.

Quando ouvimos, distinguimos com facilidade uma sílaba tônica de uma sílaba átona. Quando lemos, entretanto, não é tão fácil, o que pode dificultar a leitura.

Assim, os sinais de acentuação cumprem o papel de distinguir, na escrita, palavras de grafia idêntica, mas de tonicidade diferente, como secretária/secretaria, público/publico, baba/babá, mágoa/magoa.

Os novos verbetes no dicionario Aurélio

A língua, ora vista como um organismo vivo, tende cada vez mais a se manifestar entre as relações sociais como um todo, influenciando diretamente no modo de pensar e de agir. Desta feita, tendo em vista esta inegável ocorrência, em comemoração ao centenário de seu autor, Aurélio Buarque de Holanda, a Editora Positivo publicou a quinta edição da obra, desta vez “recheada” de novas palavras que, aos poucos, foram ocupando seus lugares na linguagem cotidiana, e que agora já são concebidas como oficiais.

Dentre as presentes inovações, figuram-se os termos considerados “populares” em nosso meio, tais como Ricardão (um termo utilizado para designar o amante), botox (tratamento estético utilizado na contenção de sinais advindos do envelhecimento da pele), nerd (aquele que se destaca nos estudos), bullying (atos de agressão física ou psicológica), entre muitos outros. Além da ampla recorrência – o que implicou em tal intento – outro fator também de notável significância foram as inovações advindas do avanço tecnológico pelo qual perpassa a sociedade vigente. Assim sendo, a predominância de termos ligados a esse aspecto explica tal realidade e comprova a influência exercida por estes em nosso meio. É o que nos elucida Neusa Maria Oliveira Barbosa Bastos, professora do Centro de Comunicação e Letras do Mackenzie:

É importante a entrada de palavras ligadas aos avanços tecnológicos, porque denominam novos hábitos e ações que se tornam comuns no cotidiano dos brasileiros.

Não deixando de mencionar o significativo número de vocábulos estrangeiros que, uma vez proferidos, resultaram da inédita iniciativa em atender a um público estrangeiro e suas reais necessidades, sobretudo seus professores de português. Público este até então desprivilegiado por estudiosos nesta área.

Frente a tais elucidações, no intuito de nos mantermos ainda mais informados, conferiremos alguns casos que representam o fato ora abordado, uma vez manifestados por:

Test drive – Avaliação direcionada ao desempenho de um veículo ao dirigi-lo.
SAMU – sigla referente a Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Enem – Sigla relativa a Exame Nacional do Ensino Médio.
E-book – [ingl.]- Substantivo masculino. V. livro eletrônico.
Ecobag – Sacola feita com material biodegradável.
Mochileiro – Alguém que viaja com pouca bagagem.
Pet shop – Loja que dispõe de serviços que atendem às necessidades de animais domésticos.
Tablet – [Ingl.] – Substantivo masculino. Inform. 1 – Computador de uso pessoal que possui tela sensível ao toque. 2. Tipo especial de caneta, usada para registrar notas diretamente na tela do computador.
Spam – [Ingl.] – Substantivo masculino. Inform. Mensagem publicitária ou não, recebida via correio eletrônico sem o consentimento ou solicitação do usuário.
Blogar – Verbo intransitivo. Manter um blog (em se tratando dos internautas). [Conjug.: rogar.]
Tuitar – [do inglês twitt(er) + -ar2]- verbo intransitivo. 1. Postar no twitter comentários, informações, fotos, etc. ger. de caráter pessoal ou institucional. 2. Acompanhar os fatos, ideias, informações, etc. registrados por alguém em seu twitter. [conjug.: ajuizar.]
Fotolog – [Adapt. do ingl. photolog.]Substantivo masculino. 1. Álbum de fotografias virtual, posto na Internet.
Cookie – [Ingl.] Substantivo masculino. 1. Cult. Biscoito crocante e macio, de forma arredondada, ger. recheado com nozes, passas, etc. 2. Inform. Informação coletada por um navegador Web que fica armazenada no computador, e que pode ser us. por sites da Internet.

Ordem direta e inversa das palavras

Um dos requisitos essenciais à compreensão de todo e qualquer enunciado linguístico é a maneira pela qual o emissor organiza seu discurso e o distribui mediante um contexto oracional.
Ao nos referirmos a esta “distribuição” estamos exatamente enfatizando a ordem direta a que se relacionam as palavras. Vejamos, pois, um caso representativo:
Alternativas precisamos viáveis problema buscar este para.
De forma notória, constatamos que as ideias não foram organizadas de modo a estabelecer uma comunicação de maneira clara e precisa, representando, desta forma, a ordem inversa dos termos. Mediante tal ocorrência, menciona-se a importância relacionada aos termos essenciais da oração, isto é, o sujeito, predicado e seus respectivos complementos. Sendo assim, o exemplo supracitado mostra-se passível de uma reformulação, uma vez representada por:
Precisamos buscar alternativas viáveis para este problema.
Ao analisarmos sintaticamente os termos constituintes, concluímos:
Sujeito oculto – Nós
Precisamos buscar – predicado verbal
Alternativas viáveis – objeto direto
Viáveis – predicativo do objeto
Para este problema – complemento nominal

Confirmamos, assim, que tais pressupostos se encontram perfeitamente demarcados, constituindo a ordem direta das palavras. Outro aspecto passível de nota é que a ordem direta também se configura como pressuposto primordial à construção de todo e qualquer texto, com vistas a conferir clareza e objetividade à mensagem ora transmitida.

O valor semântico dos radicais

Em virtude das particularidades concernentes à Gramática, há um fato linguístico relacionado ao processo de formação de palavras.

Desta forma, há de conceber que inúmeras palavras pertencentes à Língua Portuguesa são originárias de outras línguas, mais precisamente do Grego e do Latim.
Para melhor compreendermos como se dá este processo, tomaremos como exemplo a palavra autolimpante. A mesma é composta por dois radicais: auto- e limp-.
Auto- é um radical grego, cujo significado relaciona-se a “por si mesmo”, e limp- é um radical que possibilita a criação de uma série de novas palavras formadas a partir dele.

Como por exemplo: limpeza, limpo, limpar, dentre outras. Desta forma, o termo em evidência significa limpa a si mesmo, por si só.

Ampliando a noção de como se dá a semântica de alguns radicais de origem grega e latina, analisaremos algumas ocorrências a seguir:

Origem Latina:
Radicais Significado Exemplos
agri campo agricultor
beli guerra belígero
ferri ferro férrico
loco lugar localidade
 mater  mãe  materno
 oculo  olho  ocular
 opera  trabalho, obra  operário
 pater  pai  paternal
 reti  reto  retilíneo
 tri  três  trimestre
 vermi  verme  vermífugo
 video  que vê  vidente
 vini  vinho  vinicultura
 voro  que come  carnívoro

Origem Grega:
Radicais Significado Exemplos
agogo que conduz pedagogo
algia dor nevralgia
arquia governo monarquia
bata que caminha acrobata
cloro verde clorofila
derma pele dermatologista
eto costume ética
hema sangue hemácia
mancia advinhação quiromancia
pedia instrução enciclopédia
pleo cheio pleonasmo
termo calor termômetro
topo lugar topógrafo
zoo animal zoologia

O termo "alerta"

Analisemos, primeiramente, os enunciados em questão, atendo-nos ao termo ora destacado:


A população estava alerta, pois havia risco de inundação.

Todos olhavam alerta para as manobras arriscadas do piloto. 

O alerta já foi dado pelo corpo de bombeiros, pois há áreas que oferecem perigo aos banhistas. 


No primeiro enunciado, defrontamo-nos com um adjetivo, haja vista que ele confere uma característica ao substantivo “população”. Nesse sentido, retomemos as particularidades relativas às classes gramaticais – tendo em vista a possibilidade de serem passíveis de flexão ou não. Como se trata de um adjetivo, esse concorda com o substantivo, no caso em questão, em gênero e número: alerta – feminino/ população – singular.

No segundo exemplo constatamos que se tata de um advérbio, pois o termo “alerta” está indicando a circunstância em que se encontra o verbo “olhavam”. Partindo desse princípio, temos que ele permanece invariável, tendo em vista suas reais características.

No terceiro enunciado, notamos que o termo em questão se caracteriza como um substantivo, ora denotando “aviso”, “comunicado”, portanto, perfeitamente passível de flexão. Poderíamos dizer que “os alertas já foram dados pelo corpo de bombeiros, pois há áreas que oferecem perigos aos banhistas”. Assim sendo, estaríamos fazendo a devida concordância entre o verbo e o substantivo.

Mediante tais pressupostos, o que podemos inferir é que a flexão ou não do termo em estudo depende única e exclusivamente do contexto em que ele se encontra empregado.

Dessa forma, compartilhamos com mais uma particularidade que norteia os fatos linguísticos. 

O recorrente uso de alguns termos

A opção de atribuirmos o adjetivo “recorrente” ao título foi tão somente para enfatizarmos uma prática linguística bastante usual e que, sem nenhuma dúvida, se torna imperceptível aos olhos de uma leva de emissores.
Constatamos que tal prática se materializa não somente em falas cotidianas, mas também com uma certa predominância na linguagem não verbalizada, retratada nos outdoors, panfletos, anúncios, banners, enfim, em todos os discursos que representam a modalidade em questão.
Ao nos referirmos às falas diárias, mencionamos o fato de que mesmo em se tratando da oralidade, certos “deslizes” se configuram como verdadeiras gafes, influenciando de modo negativo nossa postura enquanto interlocutores.
Diante de tal prerrogativa, é essencial que estejamos vigilantes quanto às nossas atitudes, no intuito de evitarmos consequências desagradáveis. Para tanto, nada que algumas dicas não possam atuar como excelentes subsídios rumo a este propósito, como estas evidenciadas a seguir, com vistas a exemplificar os casos de maior incidência. Vejamos, portanto:
a) Ao meu ver estas decisões não foram tão eficazes quanto imaginávamos.

Neste caso, alerta-se para o fato de que tal expressão não é precedida por artigo. Sendo, assim, reformulada:
A meu ver estas decisões não foram tão eficazes quanto imaginávamos.
b) Esperamos que todos sejem muito felizes nesta nova caminhada.

Menciona-se, aqui, para a questão referente ao correto emprego do verbo, tendo em vista o tempo e modo a que se refere. Como se trata do presente do modo subjuntivo, a expressão se evidenciaria da seguinte forma:
Esperamos que todos sejam muito felizes nesta nova caminhada.
c) Já é 8h, e nada de eles aparecerem.

Sugere-se uma total atenção quanto à concordância referente ao verbo “ser”, uma vez que este, na indicação de tempo, medida ou quantidade, é flexionado. Portanto, reformulando o discurso, obteríamos:
Já são 8h, e nada de eles aparecerem.
d) Certamente você gostará do óculos que mandei fazer.

Há, na língua, determinadas palavras que só existem sob a forma pluralizada, e óculos é um típico exemplo destas. Assim sendo, ao estabelecermos a concordância, obteríamos:
Certamente você gostará dos óculos que mandei fazer.
e) Houveram muitas reclamações em relação ao novo modelo de telefonia móvel.
O verbo “haver”, quando retratado pelo sentido de existir, se configura como impessoal, permanecendo, impreterivelmente, na 3ª pessoa do singular, assim expresso:
Houve muitas reclamações em relação ao novo modelo de telefonia móvel.
f)Aluga- se apartamentos para temporada.
Quando analisado, o sujeito da referida oração manifesta-se pelo vocábulo “apartamentos” e, sobretudo, quando transformada na voz passiva, a oração se evidencia por:
Apartamentos são alugados para temporada. Logo, alugam-se apartamentos para temporada.
g) Você hoje me parece meia confusa.
Prefira alimentos com menas calorias.
Ambos os enunciados estão submetidos a uma característica de total relevância: o fato de os advérbios (meio/menos) pertencerem a uma classe gramatical invariável. Assim sendo, estes carecem de uma reformulação, representada por:
Você hoje me parece meio confusa.
Prefira alimentos com menos calorias.

O plural das palavras terminadas em ão

Limãos ou limões, cidadãos ou cidadões, refrãos ou refrões?

As palavras terminadas em –ão podem formar plural de três modos: -ões, -ãos ou –ães. Não há uma regra específica a ser seguida para se fazer este plural, pois pode variar entre os três e dependerá unicamente da origem da palavra, ou seja, de sua etimologia.

A maioria dos substantivos e adjetivos que terminam em –ão faz o plural em –ões. Vejamos:

Balão – balões
Botão - botões
Cordão – cordões
Estação - estações
Limão – limões
Paixão - paixões
Visão – visões
Razão - razões

Quando a terminação –ão recaí sob a sílaba átona -sem tonicidade, pronunciada mais fracamente- o plural obedece a regra básica: acrescenta-se “s” no final:

Bênção – bênçãos
Órgão – órgãos
Sótão – sótãos

Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas entre algumas oxítonas, monossílabas ou não, acontece o mesmo: mão –mãos, chão – chãos, grão-grãos, irmão –irmãos, artesão-artesãos.

Poucos vocábulos tem seu plural em –ães:

Alemão- alemães
cão – cães
capitão – capitães
catalão – catalães
charlatão – charlatães
escrivão – escrivães
guardião – guardiães
pão – pães
sacristão – sacristães
tabelião – tabeliães

Outras palavras aceitam mais de uma forma de se fazer o plural, como os seguintes casos:

-alazão - alazães e alazões
-aldeão – aldeões, aldeãos e aldeães
- anão – anões e anãos
- ancião – anciãos, anciães e anciões
- artesão – artesães e artesãos
- castelão – castelãos e castelões
- cirurgião – cirurgiões e cirurgiães
- corrimão – corrimãos e corrimões
- deão - deães e deões
- ermitão – ermitãos, ermitães e ermitões
- faisão – faisães e faisões
- guardião - guardiães e guardiões
- hortelão – hortelãos e hortelões
- refrão – refrães e refrãos
- rufião – rufiões e rufiães
- sacristão -sacristães e sacristãos
- sultão – sultões, sultãos e sultães
- Verão – verões e verãos
- vilão – vilãos e vilões
- zangão – zangões e zangãos

Decorar não é a maneira ideal de assimilar esses plurais, uma vez que há muitas exceções e modos de se falar. Portanto, a prática é a melhor maneira de aprendê-los! Pois, é difícil esquecer de algo que é de nosso costume, que já faz parte da rotina.

O não como prefixo

Muitas são as palavras existentes na nossa língua portuguesa formadas por prefixos cujos sentidos são atribuídos a vários aspectos, dentre eles o de negação. Dessa forma, temos vocábulos como: desleal, incompreensível, incompatível, inútil, desfavorável, etc. Constatamos que os prefixos “-des” e “-in” se encarregaram de atribuir às palavras o sentido em questão.
Sabemos também que há outras palavras, ainda que não formadas pelo mesmo prefixo, mas que carregam em si a mesma carga semântica. Exemplos como “não-verbal”, “não-concluído”, “não-poluente”, etc., revelam que os prefixos antes ressaltados não lhes caberiam, haja vista que soaria um tanto quanto estranho dizermos “inverbal”, “desverbal”, “desconcluído” e por aí vai. Assim, diante desse fato linguístico, temos que nos ater a duas observações importantíssimas: a primeira delas diz respeito ao emprego do hífen, cuja presença se deve ao fato de demarcar que o “não” foi deslocado de uma função a outra, ou seja, o que antes atuava (e ainda continua atuando) como um adjunto adverbial, agora faz o papel de um prefixo. Tem-se que tal ocorrência, por sinal recente, atesta o dualismo existente entre as palavras, ou seja, o não-verbal x verbal, o não-concluído x concluído e assim por diante.

O outro aspecto, não menos importante, refere-se ao fato de que depois do advento promulgado pela nova reforma ortográfica, o hífen, antes demarcado nas palavras constituídas do “não” na qualidade de prefixo deixou de existir. Assim, o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) atesta que agora os exemplos antes citados, assim como os demais, não trazem consigo o uso desse sinal. Ou seja:
NÃO VERBAL
NÃO CONCLUÍDO
NÃO POLUENTE...
Como bom usuário deste vastíssimo idioma, não se esqueça de se atentar para os muitos pressupostos que o demarcam, inclusive esse que acabamos de conferir.

O emprego do hífen

O hífen representa um sinal gráfico, cujas funções estão associadas a uma infinidade de ocorrências linguísticas, tais como:
- ligar palavras compostas;

- fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas verbais, representadas pela mesóclise e ênclise;

- separar as sílabas de um dado vocábulo;

- ligar algumas palavras precedidas de prefixos.

Com o advento da Nova Reforma Ortográfica, houve algumas mudanças em relação à sua aplicabilidade. Sendo assim, dada a complexidade que se atribui ao sinal em questão, o presente artigo tem por finalidade evidenciá-las, procurando enfatizar, em alguns casos, o que antes prevalecia e o que atualmente vigora. Mediante tais pressupostos, constatemos, pois:
Circunstâncias linguísticas a que se deve o emprego do hífen:
# O hífen passa a ser usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma vogal.



Nota importante:
- Essa regra padroniza algumas exceções já vigentes antes do Acordo.

auto-observação – auto-ônibus – contra-atacar
- Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que termina o prefixo.
coobrigar – coadquirido - coordenar – reeditar – proótico - proinsulina...
# Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavras iniciadas com “h”.

anti-higiênico – anti-histórico – co-herdeiro - extra-humano – pró-hidrotópico - super-homem...
# Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra começar com a mesma consoante.
inter-regional – sub-bibliotecário – super-resistente...
# Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”, usa-se o hífen.
sub-regional – sub-raça – sub-reino...
# Diante dos prefixos “-além, -aquém, -bem, -ex, -pós, -recém, -sem, - vice, usa-se o hífen.
além-mar – aquém-mar – recém-nascido – sem-terra – vice-diretor...
# Diante do advérbio “mal” , quando a segunda palavra começar por vogal ou “h”, o hífen está presente.
mal-humorado – mal-intencionado – mal-educado...
# Com os prefixos “-circum” e “-pan”, diante de palavras iniciadas por “vogal, m, n ou h”, emprega-se o hífen.
circum-navegador - pan-americano – circum-hospitalar – pan-helenismo...
# Usa-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise.

entregá-lo – amar-te-ei – considerando-o...
# Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por “-açu”, “-guaçu”, “-mirim”, usa-se o hífen.
jacaré-açu – cajá-mirim – amoré-guaçu...
Casos em que não se emprega o hífen:
# Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar por uma vogal diferente.



Nota importante:
- Essa nova regra padroniza algumas exceções existentes antes do Acordo.

aeroespacial – antiamericano – socioeconômico...
# Não se usa mais o hífen em determinadas palavras que perderam a noção de composição.



Observação:
 - O hífen ainda permanece em palavras compostas desprovidas de elemento de ligação, como também naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas.
azul-escuro – bem-te-vi – couve-flor – guarda-chuva – erva-doce – pimenta-de-cheiro...
# Não se emprega mais o hífen em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas.
fim de semana – café com leite... 

Exceções:
O hífen ainda permanece em alguns casos, expressos por:

água-de- colônia – água-de-coco – cor-de-rosa...
# Quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, depois de prefixo terminado em vogal, retira-se o hífen e essas consoantes são duplicadas.
 

Observações importantes:
- O hífen será mantido quando os prefixos terminarem com “r” e o segundo elemento começar pela mesma letra.
hiper-requintado – inter-regional – super-romântico – super-racista...

- A nova regra padroniza algumas exceções já existentes antes do acordo, como é o caso de:
minissaia – minissubmarino - minissérie...
# Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”.
anteprojeto – autopeça – contracheque – extraforte – ultramoderno...
# O hífen não deve ser usado quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra consoante diferente.
hipermercado – hiperacidez - intermunicipal – subemprego – superinteressante – superpopulação...
# Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por consoante, não se emprega o hífen.
malfalado – malgovernado – malpassado – maltratado – malvestido...

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