segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Monossílabos tônicos e átonos

Os monossílabos tônicos e átonos recebem tal classificação em virtude da intensidade em que são pronunciados. Sendo assim, por fazerem parte do nosso cotidiano linguístico, bem como pelo fato de constituírem parte integrante dos estudos gramaticais, ocupemo-nos a partir de agora em compreender acerca das características que os demarcam.
A começar pelos tônicos, eles assim se classificam pelo fato de possuírem autonomia fonética, ou seja, não necessitam se apoiar em outro vocábulo para demonstrar valor fonético.
Dessa forma, tendo em vista as regras de acentuação, das quais já temos certo conhecimento, vale dizer que aqueles que os representam são terminados em:
-a(s): há, chá, pá, cá, lá...
-e(s): dê, lê, ré, pé, vê...
-o(s): nó, dó, pôs, só, nós...
Os monossílabos considerados como átonos não possuem essa autonomia fonética, sendo necessário se apoiarem em sílabas de vocábulos posteriores, fato que faz prevalecer mais o som desta (silabado vocábulo posterior) do que daquela (monossílabo átono).
A título de constarmos, analisemos um exemplo:
“Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor”.
Constatamos que os monossílabos que se encontram (que, em e de) em destaque realmente não apresentam o mesmo aspecto que os tônicos (a autonomia fonética). Portanto, são exemplos de tal modalidade:
o (s), a (s), me, te, se, lhe, nos, de, em, que, etc.
Observações dignas de menção:
- Os monossílabos podem se definir como tônicos em um determinado enunciado e átonos em outro. Vejamos, pois:
Você está assim por quê? (tônico)
que há de errado com você? (átono)
- Em virtude do aspecto que os monossílabos apresentam, eles se consideram como palavras destituídas de sentido, sendo representados pelas conjunções, artigos, preposições e pronomes oblíquos. Constatemos alguns exemplos:
Seus segredos sei de cor. (preposição)
Olhou-me rapidamente. (pronome oblíquo)

Adjetivo ou Advérbio?

Adjetivo ou advérbio? Eis aí dois importantes elementos que compõem as chamadas classes gramaticais, mas que, no entanto, em se tratando de algumas colocações, representam aquelas incorreções que às vezes cometemos – infringindo, portanto, as leis regidas pela gramática.
Seguindo essa linha de raciocínio, atenhamo-nos ao enunciado:
Discreto, ele saiu da festa.
Quando analisada, tal enunciação nos remete a um questionamento de cunho relevante: seria “ele” discreto ou seria essa a forma como ele saiu da festa?
Para responder a essa pergunta, que tal retomarmos o conceito de advérbio?
Esta classe conceitua-se como a palavra que modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio. Dessa forma, o enunciado em questão necessita ser reformulado, uma vez que, por se tratar da forma como ele deixou a festa, o correto é o uso do advérbio, e não do adjetivo. Nesse sentido, temos:
Discretamente, ele deixou a festa.
Sim, haja vista que o advérbio (discretamente) modifica o verbo sair.
Chegamos, então, ao ápice de nossa discussão: quando usamos adjetivo e quando usamos o advérbio? Conclusão efetivamente comprovada.
Contudo, há alguns casos, porém raros, nos quais o adjetivo pode ser usado no lugar do advérbio, sem que esse (o advérbio) perca a qualidade. Mediante tal ocorrência afirmamos se tratar de uma derivação imprópria – manifestada pela mudança de uma dada classe gramatical para outra. Assim sendo, vejamo-los:
Bastante conhecida por nós, há uma propaganda de cerveja, a qual nos diz: “A cerveja que desce redondo”.
Redondo, neste caso, é o modo como a cerveja desce
Redondo, neste caso, é o modo como a cerveja desce.
A princípio poderíamos até pensar que o adjetivo deveria concordar com o substantivo “cerveja”. Contudo, nesse caso não é a cerveja que desce redondo, mas sim o modo como ela desce. Logo, constatamos que um adjetivo faz o papel de advérbio.

As orações subordinadas adverbiais – não as decore, analise-as

Mediante os conteúdos gramaticais com os quais nos deparamos enquanto aprendizes, há aqueles que, por serem um tanto complexos e extensos, podem porventura causar-nos uma certa repulsa. Tal constatação, às vezes “emerge” sem ao menos estabelecermos contato com o assunto evidenciado, e isso, sem nenhuma dúvida, pode funcionar como um verdadeiro entrave diante da apreensão do conhecimento. 

A título de ilustração da ocorrência mencionada, citamos o caso das orações subordinadas adverbiais. Muitas vezes imaginamos que a melhor alternativa para aprendê-las é simplesmente decorá-las. Eis aí uma concepção errônea e, diante disso, o artigo em questão prioriza algumas elucidações que farão você, caro (a) usuário (a), entender o porquê de tal aspecto. 

Utilizando-se da famosa “decoreba”, mediante a lista das muitas conjunções que as integram, o que normalmente ocorre é rotulá-las, sendo que tal prática permite com que nos preocupemos mais com as nomenclaturas do que com o uso efetivo das estruturas linguísticas, analisadas num dado contexto. Dessa forma, torna-se conveniente que em vez de assim procedermos, passemos a analisá-las de uma forma minuciosa, atendo-nos, principalmente, à situação contextual em que se encontram demarcadas, pois uma mesma conjunção, como por exemplo, o “como”, pode ocupar funções distintas. Assim sendo, analisemos os casos demonstrados a seguir: 

Fizemos a pesquisa como o professor nos orientou.A relação estabelecida pelo conectivo (conjunção) é a de conformidade (Conforme o professor nos orientou, fizemos a pesquisa)

Como o professor não havia nos orientado antes, não pudemos fazer a pesquisa. Constatamos que se trata de um mesmo conectivo, porém retratando a ideia de causa, ou seja, qual a causa de não termos feito a pesquisa?

Os alunos fizeram a pesquisa como os da outra turma. A mesma ocorrência se efetiva, contudo, a relação que aqui se estabelece é a de comparação.
Percebeu as peculiaridades? Então, esteja atento (a) a elas!

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/as-oracoes-subordinadas-adverbiais-nao-as-decore-analise-as.html

Agente da passiva

Um fato que por vezes se torna mais e mais comprovado é a questão de os conteúdos gramaticais se apresentarem interligados entre si, ou seja, um assunto decorre de um do qual já temos conhecimento, o outro também, e assim sucessivamente. 

Esse que trataremos a seguir nos remete a uma das flexões apresentadas pela classe gramatical representada pelos verbos – a flexão de voz –, uma vez que ela indica a relação que ocorre entre o sujeito de um verbo e o processo que esse verbo expressa. Nesse sentido, analisemos: 

O aluno resolveu a questão.Temos que o sujeito se revela por “O aluno”;

Resolveu – predicado;

A questão – objeto direto, pois complementa o sentido do verbo resolver.
Podemos também observar que o referido sujeito, além de ocupar tal posição, pratica a ação expressa pelo verbo, ou seja, a ação de resolver a questão. Daí, em se tratando da voz verbal, constatamos que o verbo se encontra na voz ativa. 

No entanto, caso quiséssemos transformá-la para a voz passiva, obteríamos como resultado: 

A questão foi resolvida pelo aluno.O sujeito agora se representa por “a questão”, o qual agora já não mais é o agente, mas sim paciente. Motivo esse que nos faz inferir que se trata de tal modalidade (voz passiva), fato também constatado quando observamos que o verbo se encontra na forma passiva (“foi resolvida”). 

Mas, afinal, estaria ela expressa na voz passiva analítica ou sintética? Certamente que de acordo com nossos conhecimentos anteriormente adquiridos temos que se trata da voz passiva analítica, formada com o auxílio de um verbo auxiliar conjugado (“foi”), seguido de um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, expresso no particípio (“resolvida”). 

Assim sendo, se o sujeito nesse caso é paciente, então quem é o agente? 

Pois bem, o termo “pelo aluno” executa tal função, classificando-se como o agente da passiva, dado o ato de praticar a ação expressa pelo verbo, estando esse na voz passiva. 

Compreendemos, enfim, os traços que caracterizam o objeto de nosso estudo.

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/agente-passiva.html

Analisando as orações subordinadas adjetivas

Assimilar com veemência os conhecimentos adquiridos é, sobretudo, uma questão um tanto quanto complexa. Quando se trata dos assuntos relacionados aos conteúdos gramaticais, a problemática tende a se perpetuar ainda mais. 

Dada a complexidade da qual estes se perfazem, muitas vezes chegamos à conclusão de tê-los compreendido, contudo não os apreendemos da forma como deveria, posto que “apreender” possui um significado mais amplo. Retrata, antes de tudo, assimilarmos o porquê dos fatos, analisados sob sua mais ínfima essência. 

Tais pressupostos nos subsidiaram para contextualizarmo-nos ao caso das orações subordinadas adjetivas.Por que restritivas e por que explicativas? Seria somente pela presença da vírgula?
Certamente que se nos apoiarmos neste pressuposto, teremos uma noção muito vaga acerca do assunto. Assim sendo, nada que uma boa explicação não nos permita compartilhar um pouco mais dos “encantos” revelados pela linguagem, não é mesmo? Então partiremos para entender como realmente se dá tal ocorrência. 

O fato é que devemos partir do princípio de que as orações subordinadas adjetivas restritivas relacionam-se a um a conjunto de seres, e que deste conjunto saem subconjuntos que a ele se relacionam. Observe:

Os cães que são  peludos saíram pela porta dos fundos. 
Ora, há uma infinidade de cães com características próprias: peludos, com poucos pelos, grandes, de pequeno porte, etc. 

Por isso, o discurso ora retratado restringe-se somente àqueles dotados do referido perfil – peludos. Daí a denominação de restritivas. 

Já as adjetivas explicativas não se caracterizam somente pelo sinal de pontuação, há algo mais a que devemos nos atentar. Veja: 

Recife, que é a capital pernambucana, desfruta de inúmeras opções de lazer.Obviamente que se trata de uma explicação a mais ora atribuída à cidade em questão, mas a verdade é que todos sabem que ela é a capital do estado pernambucano, isto é, faz parte de uma verdade universal, razão pela qual se explica o fato de serem explicativas.

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/analisando-as-oracoesubordinadas-adjetivas.html

Consciência é uma palavras usada pelos covardes, para incutir medo aos fortes.
William Shakespeare

Glossário Básico de Português (3)

Metáfora: figura de linguagem na qual emprega-se um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Exemplo: Meu pai tem uma vontade de ferro (designando vontade forte, como o ferro).

Modificadores: adjetivos.

Neologismo: palavra ou expressão nova, inventada.

NGB: abreviatura de Nomenclatura Gramatical Brasileira; conjunto de normas que unificam a terminologia utilizada no ensino do Português no Brasil.

Norma Culta: é a modalidade da língua ensinada nas escolas; a língua de prestígio, também chamada língua padrão ou língua culta.




Oração Principal: oração à qual se subordina uma outra.

Ortoépia: ocupa-se da pronúncia correta das palavras. Exemplo: advogado / adevogado.


Palavras-curinga: são palavras que podem assumir diversos significados. Exemplo: Fiz uma coisa.

Paradigma (verbal): modelo, esquema seguido pelos verbos.

Parônimos:  palavras que possuem sons parecidos. Exemplo: emigrar / imigrar.

Particípio: forma que expressa ideia de conclusão do processo verbal. Exemplos: A mesa está posta. / Os prazos foram cumpridos. É considerada forma nominal porque "participa" da natureza do nome, no caso, do adjetivo, mas também da significação do verbo.

Prefixo: afixo que se antepõe ao radical para formar nova palavra. Exemplo: subdesenvolvido.

Preposição: conectivo que subordina uma palavra à outra. Exemplo: torta de morango.

Prosódia: parte da Fonética que estuda a pronúncia das palavras e das frases. No português, ocupa-se da intensidade (acento tônico) e da entoação.

Redundância: repetição da informação já emitida, desenvolvimento de uma ideia citada, sem aclarar ou aprofundar sua compreensão.



Sigla: sinal convencional, rubrica, e também reunião das letras iniciais das palavras de uma denominação ou título, que pode funcionar como abreviatura. Exemplo: ONU  - Organização das Nações Unidas.

Significado: em Linguística, é o conceito, a ideia que se tem de alguma coisa. Esse conceito pode variar de pessoa para pessoa e com o passar do tempo. A ideia que se tem do vegetal “árvore” é o significado, que, juntamente com o significante /’arvore/, compõe o signo linguístico árvore.

Significante: termo da nomenclatura linguística que designa a imagem acústica, isto é, a sequência de fonemas que, associada ao significado, forma o signo linguístico. Exemplo: a sequência de fonemas /s/ + /o/ + /l/ -> /sol/ é um significante.

Sílaba Subtônica: depois da tônica, sílaba que, entre as átonas, destaca-se pela intensidade. Nela recai o acento secundário. Exemplo: pessimamente.

Sinônimos: palavras que possuem significados próximos. Exemplo: carro / automóvel.

Síntese: exposição resumida, em que se usa um mínimo de palavras.

Slogan: frase concisa, atraente, de fácil percepção e memorização, que descreve as qualidades de um produto, serviço ou ideia.

Subjuntivo: modo verbal que indica algo incerto, desejável ou provável. Exemplo: Tomara que você consiga passar na prova!

Sufixo: afixo que se pospõe ao radical para formar nova palavra. Exemplo: comercializar.

Tese: monografia apresentada a uma banca examinadora de universidade por um aspirante ao título de doutor.

Timbre: é o traço distintivo das vogais, as quais, de acordo com o timbre, classificam-se em abertas, fechadas e reduzidas.

Tônico: com tonicidade, pronunciado com mais força. A sílaba tônica é aquela sobre a qual recai o acento tônico. Exemplos: pa - ne - la, fú - til.

Topônimos: nomes próprios designativos de localidade, tais como cidades, bairros, etc. Exemplos: Brasil, Brasília, rio Negro, Guanabara.

Verbo Auxiliar: aquele que, esvaziado de sentido próprio, junta-se a outro verbo (o principal) para formar locuções verbais.

Verbo de Ligação: sua principal função é ligar um predicativo ao sujeito. Exemplo: Joana parece doente.

Verbo Nocional ou Significativo: é aquele que traz informações por si mesmo. Opõe-se aos verbos de ligação. Exemplo: Jorge saiu.

Verbo Principal: o último verbo das locuções verbais; aquele que guarda a base do significado. Exemplo: Ela vai cantar agora.

Vernáculo: idioma próprio de um país. É também a linguagem correta, pura, sem estrangeirismos.

Vocativo: termo acessório da oração que expressa apelo, invocação, chamamento. Exemplo: Pedro, onde está sua mãe?

Vulgarismos: o falar característico do vulgo. Linguagem em que não há a preocupação com o certo e o errado.

Glossário Básico de Português (2)

Gerúndio: uma das formas nominais do verbo, formada pelo sufixo -ndo. Exemplos: cantando, vendendo, partindo.

Gerundismo: emprego do gerúndio em desacordo com a norma gramatical. Exemplos: Estaremos transferindo sua ligação. / Tenho dois ingressos, sendo que um é masculino. As formas corretas são: Vamos transferir (ou Transferiremos) sua ligação. / Tenho dois ingressos, dos quais um é masculino.

Gíria: língua especial de um grupo social ou etário diferenciado.

Hipérbole: figura de linguagem que se caracteriza pelo exagero da expressão. Exemplo: Li uma montanha de livros este ano.

Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Exemplo: censo (conjunto de dados estatísticos) e senso (juízo).

Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia, mas significados diferentes. Exemplo: banco (instituição financeira) e banco (assento).

Imperativo: modo verbal que traduz ordem, mando, pedido. Exemplo: Controle-se!

Indicativo: modo verbal que indica que a ação é exercida de forma real, definida. Exemplo: Sonhei com você ontem.

Infinitivo: forma nominal do verbo que nomeia uma ação ou estado, tal como aparece no dicionário. Exemplos: voar, correr, sentir.

Interjeição: palavra, som vocal ou grito que expressa, de modo enérgico e vivo, alguma emoção ou reação emotiva. Exemplos: Ai!, Epa!, Xi!

Jargão: gíria profissional, difícil de ser compreendida por todas as pessoas.

Locução Adjetiva: duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo.

Locução Adverbial: duas ou mais palavras que equivalem a um advérbio.

Locução Conjuntiva: duas ou mais palavras que equivalem a uma conjunção.

Locução Pronominal: duas ou mais palavras que equivalem a um pronome. Exemplos: cada qual, todo aquele que.

Locução Verbal: expressão composta de duas ou mais formas verbais, equivalente a um verbo. Exemplo: Estou comendo muito.

Lusófono: país em que se fala Português.

Glossário Básico de Português

urgiu alguma dúvida? Consulte o glossário sempre que necessário e leia as definições de termos importantes relacionados à língua portuguesa.


Abreviatura: representação normatizada de uma palavra apenas com uma ou algumas de suas letras, a fim de facilitar seu uso, principalmente na escrita. Exemplo: Cia (Companhia).

Acepção: cada um dos significados de uma palavra.

Ambiguidade: possibilidade de interpretação dúbia de uma palavra ou frase.

Antônimos: palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplo: claro / escuro.

Antropônimos: nomes próprios de pessoas. Constituem-se, quase sempre, de um prenome ou nome de batismo, que pode ser simples (Sandra) ou composto (Paulo Renato), e de um sobrenome ou nome de família.

Aposto: palavra ou frase que explica um ou alguns termos da oração. Exemplo:Daniel, meu irmão mais velho, passou no vestibular.

Átono: sem tonicidade, pronunciado mais fracamente. Num vocábulo, excetuada a sílaba tônica - pronunciada mais fortemente -, as demais são átonas.
Braile: sistema de escrita para cegos. São signos desenhados em relevo para serem lidos com a ponta dos dedos.

Cacoetes Linguísticos: palavras ou expressões em que o falante costuma se apoiar, geralmente no início ou no final das frases. Exemplo: não é?

Campo Semântico: conjunto de palavras diferentes, mas relacionadas entre si por meio de uma ideia, de um significado ou de analogias estabelecidas entre elas. Exemplo: bolachas, leite e chocolate.

Coerência: qualidade subjacente a um texto, que lhe permite ter sentido.

Coesão: um dos elementos que proporcionam coerência a um texto; são as ligações explicitadas entre os elementos do texto.

Conectivos: termos que ligam palavras ou orações; são representados pelas conjunções e preposições.

Conotativo: significado que pode ter uma palavra, dependendo de quem a usa, a quem se dirige ou em que circunstância é dita. Depende da interpretação.
 Dêiticos: elementos que designam demonstrando, e não conceituando. Exemplo: isso, aquilo.

Denotativo: significado padrão de uma palavra. Não depende do emissor nem das circunstâncias.

Desinência: morfema que indica flexões gramaticais (gênero, número, tempo, modo, pessoa).

Deverbal (substantivo): um substantivo que tem por origem um verbo.

Dialetos: variedades regionais ou sociais de uma língua.

Dígrafo: encontro de duas letras que representam um único fonema.

Dissertação: trabalho escrito apresentado à instituição de ensino superior e defendido publicamente, por candidato ao grau de mestre.

Editorial: texto de um jornal ou revista, geralmente não assinado, que expressa a opinião da equipe editorial sobre um tema.

Elipse: omissão de termos da oração.

Ensaio: texto criativo sobre qualquer tema, em que o autor apresenta uma visão pessoal e adota uma linha crítica.

Enunciado: proposição, exposição, ideia expressa por palavras.

Etimologia: parte da Gramática que estuda a origem das palavras.

 
Flexões: alterações das palavras para expressar variação de gênero, número, modo, tempo e pessoa.

Formas Nominais do Verbo: formas que participam das características do substantivo, adjetivo ou advérbio. São o infinitivo, o particípio e o gerúndio.

Função Sintática: papel sintático que um termo desempenha numa oração. No exemplo: caminhei lentamente, o termo "lentamente" desempenha a função sintática de adjunto adverbial de modo.

Continuação


O principal rio nos Estados Unidos é o Mininici. (Mississipi)

O acidente foi no célebre Retângulo das Bermudas. (Triângulo)

A ciência progrediu tanto que inventou ciclones, como a ovelha Dolly. (clones)

O problema ainda é maior em se tratando da camada Diozoni. (Camada de Ozônio)

Eu luto para atingir os meus obstáculos. (objetivos)

O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas. (El Niño)

É um problema de muita gravidez. (gravidade)

Existem raios ultra-violentos. (ultravioletas)

Os lagos são formados pelas bacias esferográficas. (hidrográficas)

Nao foi ilusão idiótica o que eu tive. (ilusão de ótica)

Isso é crime de falsidade biológica! (ideológica)

É necessário ler a bússola do remédio. (bula)

As mudanças ocorrem devagarosamente. (vagarosamente)

Como diz o ditado: é duro agradar a pobres e troianos. (gregos)

Eu concordo em gênero e número igual. (gênero, número e grau)

Ele tem medo de ficar preso no elevador, pois tem cleptomania. (claustrofobia)

Acho que minha professora é lésbica, pois está sempre olhando para cima. (estrábica)

Você sabe o que são Pérolas Gramaticais?

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"Pérolas Gramaticais" é uma denominação comumente utilizada para designar o uso de vocábulos inadequados presentes nas construções linguísticas, os quais prejudicam a coesão das mensagens emitidas. É importante observar que tanto a fala como a escrita estão sujeitas à ocorrência desse tipo de "deslize", e que as "pérolas", muitas vezes, são proferidas por descuido (ou mesmo desconhecimento da forma correta) por parte do emissor. O leitor/ouvinte, ao se deparar com "pérolas gramaticais", pode considerá-las divertidas, fato perfeitamente explicável tendo-se em vista a incoerência que as construções apresentam. Geralmente, as pérolas são extraídas de redações de vestibular. Observe alguns exemplos:

Gostaria de informar que o período de matrícula inspirou. (expirou)

Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe. (adrenalina)

Na Bahia há um povo muito hospitalar. (hospitaleiro)

Agora que estou informatizado, cobrarei meus direitos. (informado)
O Brasil é um país abastardo com um futuro promissório. (abastado, promissor)

O maior matrimônio do país é a Educação. (patrimônio)

Os índios eram muito atrasados, mas com o tempo foram se sifilizando. (civilizando)

A vida é um conto de fábulas. (fadas)

Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado. (decapitado)

A capital de Portugal é Luiz Boa. (Lisboa)

Poucos gostam de ouvir falar das faltas / Que com prazer praticam.
William Shakespeare

Maltratando a Língua

Esta seção contém diversas imagens enviadas por usuários do Só Português. As fotos apresentam erros de ortografia e aparecem, em sua maioria, em anúncios e placas de todo o Brasil. Abaixo de cada imagem, não deixe de observar a grafia correta das palavras.
Alfabetização.

Tapioca. Feita na hora. Quem não pediu, peça. Quebra-queixo.

Self-service (inglês).

Ceará. Siamês.

Qual é a Expressão?

As Expressões Idiomáticas estão presentes em diversas situações do dia a dia. Veja as fotos abaixo e tente descobrir o significado que cada uma representa. Para verificar a resposta, clique em "Ver Expressão".




Andar na linha.

Significa agir corretamente, obedecer. A expressão pode ter se originado nos quartéis, onde os recrutas aprendiam a andar na linha, quer no sentido literal, acompanhando o pelotão, quer no sentido conotativo, obedecendo a seus superiores militares, sem se desviar.


Arrastar a asa.

O galo, ao cortejar a galinha, arrasta sua asa para ela. A expressão se estendeu aos humanos, fazendo referência ao cortejo do homem à mulher, ou vice-versa. 


Arregaçar as mangas.

Dar início a um trabalho ou atividade com afinco. 


Atrás da moita.

Fazer algo escondido. 

Expressões Redundantes

Ocorre redundância quando, numa frase, repete-se uma ideia já contida num termo anteriormente expresso. Assim, as construções redundantes são aquelas que trazem informações desnecessárias, que nada acrescentam à compreensão das mensagens. No dia a dia, muitas pessoas utilizam tais expressões sem perceber que, na verdade, são inadequadas. Veja a seguir frases com expressões redundantes frequentemente utilizadas:

chocolate.jpg (3434 bytes)"Eu e minha irmã repartimos o chocolate em METADES IGUAIS."
Ao dividir algo pela metade, as duas partes só podem ser "iguais"!

ENCARAR.jpg (2495 bytes)"O casal ENCAROU DE FRENTE todas as acusações."
Seria possível que eles encarassem "de trás"?

canja.jpg (5758 bytes)"Adoro tomar CANJA DE GALINHA."
Se é canja que você toma, só pode ser "de galinha"!

calcados.jpg (2406 bytes)"O estado EXPORTOU PARA FORA menos calçados este ano."
E como ele poderia fazer para exportar para "dentro"?

SOL.jpg (1760 bytes)"Quando AMANHECEU O DIA, o sol brilhava forte."
Você já viu amanhecer a "noite"?

decapitada.jpg (1880 bytes)"Tiradentes teve sua CABEÇA DECAPITADA."
Alguém já viu um "pé" ser decapitado? Decapitação só existe da cabeça mesmo!

Não julgueis; somos todos pecadores.
William Shakespeare

Fala Popular

No dia a dia, é comum observarmos que muitas pessoas se confundem ao empregar certos termos da língua. Veja a seguir uma lista com os termos que selecionamos e atente para a forma padrão, buscando utilizá-la.

MortadelaVocê não come mortandela. O que você come é mortadela.

MendigoAquele sujeito deitado na rua não é um mendingo, mas sim um mendigo.

IogurteNinguém toma iorgute. Todos tomam iogurte.

BasculanteA janela do seu banheiro não é uma vasculhante, mas sim uma basculante.

CadarçoSeu sapato não possui cardaço, mas sim cadarço.

Muitas PessoasNunca diga "haviam muitas pessoas no local". Neste caso, o verbo haver não tem um sujeito com quem concordar, pois ele tem

Chorar é diminuir a profundidade da dor.
William Shakespeare

Trava-Línguas


Trava-língua é uma espécie de jogo verbal que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente. Os trava-línguas são oriundos da cultura popular, são modalidades de parlendas (rimas infantis), podendo aparecer sob a forma de prosa, versos, ou frases. Os trava-línguas recebem essa denominação devido à dificuldade que as pessoas enfrentam ao tentar pronunciá-los sem tropeços, ou, como o próprio nome diz, sem "travar a língua". Além de aperfeiçoarem a pronúncia, servem para divertir e provocar disputa entre amigos.

Veja a seguir uma série de trava-línguas e tente pronunciá-los rapidamente:

O rato roeu a roupa do Rei de roma, a rainha com raiva resolveu remendar.rei.jpg (2420 bytes)

tigres.jpg (3646 bytes)   Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem.


Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizá-los, um bom desmafagafizador será.mafagafos.jpg (2877 bytes)

arara.jpg (2256 bytes)A Iara agarra e amarra a rara arara de Araraquara

Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.    ratos.jpg (2765 bytes)


bagre.jpg (1401 bytes) Bagre branco, branco bagre.

O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra. padre.jpg (1933 bytes)

A Formação da Língua Portuguesa no Brasil


A língua é um organismo vivo que se modifica ao longo do tempo. Palavras novas surgem para expressar conceitos igualmente novos; outras deixam de ser utilizadas, sendo substituídas.

Na época das grandes navegações, Portugal conquistou inúmeras colônias e o idioma português foi influenciado pelas línguas faladas nesses lugares, incorporando termos diferentes como "jangada", de origem malaia, e "chá", de origem chinesa. O período renascentista também provocou uma série de modificações na língua, que recebeu termos eruditos, especialmente aqueles relacionados à arte.

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Os colonizadores portugueses, principalmente os padres jesuítas, difundiram o idioma no Brasil. No entanto, diversas palavras indígenas foram incorporadas ao português e, posteriormente, expressões utilizadas pelos escravos africanos e imigrantes também foram adotadas. Assim, o idioma português  foi se juntando à família linguística tupi-guarani, em especial o Tupinambá, um dos dialetos Tupi. Os índios, subjugados ou aculturados, ensinaram o dialeto aos europeus que, mais tarde, passaram a se comunicar nessa "língua geral", o Tupinambá. Em 1694, a língua geral reinava na então colônia portuguesa, com características de língua literária, pois os missionários traduziam peças sacras, orações e hinos, na catequese.
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Com a chegada do idioma iorubá (Nigéria) e do quimbundo (Angola), por meio dos escravos trazidos da África, e com novos colonizadores, a Corte Portuguesa quis garantir uma maior presença política. Uma das primeiras medidas que adotou, então, foi obrigar o ensino da Língua Portuguesa aos índios.

Desde o século XVI, época da formação do Português moderno, o português falado em portugal manteve-se mais impermeável às contribuições linguísticas externas. Já o Brasil, em decorrência do processo de formação de sua nacionalidade, esteve mais aberto às contribuições linguísticas de outros povos.

Ainda hoje o português é constantemente influenciado por outras línguas. É comum surgirem novos termos para denominar as novas tecnologias do mundo moderno, além de palavras técnicas em inglês e em outros idiomas que se aplicam às descobertas da medicina e da ciência. Assim, o contato com línguas estrangeiras faz com que se incorporem ao idioma outros vocábulos, em sua forma original ou aportuguesados.

Atualmente, existem muitas diferenças entre o português que falamos no Brasil e o que se fala em Portugal. Tais diferenças não se limitam apenas à pronúncia das palavras, facilmente notabilizada na linguagem oral. Existem também diferenças de vocabulário (só para citar um exemplo, no Brasil dizemos "trem", em Portugal se diz "comboio") e de construção gramatical (enquanto no Brasil se utiliza uma construção como "estou estudando", em Portugal prefere-se a forma "estou a estudar").

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Monossílabos tônicos e átonos

Os monossílabos tônicos e átonos recebem tal classificação em virtude da intensidade em que são pronunciados. Sendo assim, por fazerem parte do nosso cotidiano linguístico, bem como pelo fato de constituírem parte integrante dos estudos gramaticais, ocupemo-nos a partir de agora em compreender acerca das características que os demarcam.
A começar pelos tônicos, eles assim se classificam pelo fato de possuírem autonomia fonética, ou seja, não necessitam se apoiar em outro vocábulo para demonstrar valor fonético.
Dessa forma, tendo em vista as regras de acentuação, das quais já temos certo conhecimento, vale dizer que aqueles que os representam são terminados em:
-a(s): há, chá, pá, cá, lá...
-e(s): dê, lê, ré, pé, vê...
-o(s): nó, dó, pôs, só, nós...
Os monossílabos considerados como átonos não possuem essa autonomia fonética, sendo necessário se apoiarem em sílabas de vocábulos posteriores, fato que faz prevalecer mais o som desta (silabado vocábulo posterior) do que daquela (monossílabo átono).
A título de constarmos, analisemos um exemplo:
“Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor”.
Constatamos que os monossílabos que se encontram (que, em e de) em destaque realmente não apresentam o mesmo aspecto que os tônicos (a autonomia fonética). Portanto, são exemplos de tal modalidade:
o (s), a (s), me, te, se, lhe, nos, de, em, que, etc.
Observações dignas de menção:
- Os monossílabos podem se definir como tônicos em um determinado enunciado e átonos em outro. Vejamos, pois:
Você está assim por quê? (tônico)
que há de errado com você? (átono)
- Em virtude do aspecto que os monossílabos apresentam, eles se consideram como palavras destituídas de sentido, sendo representados pelas conjunções, artigos, preposições e pronomes oblíquos. Constatemos alguns exemplos:
Seus segredos sei de cor. (preposição)
Olhou-me rapidamente. (pronome oblíquo)

Adjetivo ou Advérbio?

Adjetivo ou advérbio? Eis aí dois importantes elementos que compõem as chamadas classes gramaticais, mas que, no entanto, em se tratando de algumas colocações, representam aquelas incorreções que às vezes cometemos – infringindo, portanto, as leis regidas pela gramática.
Seguindo essa linha de raciocínio, atenhamo-nos ao enunciado:
Discreto, ele saiu da festa.
Quando analisada, tal enunciação nos remete a um questionamento de cunho relevante: seria “ele” discreto ou seria essa a forma como ele saiu da festa?
Para responder a essa pergunta, que tal retomarmos o conceito de advérbio?
Esta classe conceitua-se como a palavra que modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio. Dessa forma, o enunciado em questão necessita ser reformulado, uma vez que, por se tratar da forma como ele deixou a festa, o correto é o uso do advérbio, e não do adjetivo. Nesse sentido, temos:
Discretamente, ele deixou a festa.
Sim, haja vista que o advérbio (discretamente) modifica o verbo sair.
Chegamos, então, ao ápice de nossa discussão: quando usamos adjetivo e quando usamos o advérbio? Conclusão efetivamente comprovada.
Contudo, há alguns casos, porém raros, nos quais o adjetivo pode ser usado no lugar do advérbio, sem que esse (o advérbio) perca a qualidade. Mediante tal ocorrência afirmamos se tratar de uma derivação imprópria – manifestada pela mudança de uma dada classe gramatical para outra. Assim sendo, vejamo-los:
Bastante conhecida por nós, há uma propaganda de cerveja, a qual nos diz: “A cerveja que desce redondo”.
Redondo, neste caso, é o modo como a cerveja desce
Redondo, neste caso, é o modo como a cerveja desce.
A princípio poderíamos até pensar que o adjetivo deveria concordar com o substantivo “cerveja”. Contudo, nesse caso não é a cerveja que desce redondo, mas sim o modo como ela desce. Logo, constatamos que um adjetivo faz o papel de advérbio.

As orações subordinadas adverbiais – não as decore, analise-as

Mediante os conteúdos gramaticais com os quais nos deparamos enquanto aprendizes, há aqueles que, por serem um tanto complexos e extensos, podem porventura causar-nos uma certa repulsa. Tal constatação, às vezes “emerge” sem ao menos estabelecermos contato com o assunto evidenciado, e isso, sem nenhuma dúvida, pode funcionar como um verdadeiro entrave diante da apreensão do conhecimento. 

A título de ilustração da ocorrência mencionada, citamos o caso das orações subordinadas adverbiais. Muitas vezes imaginamos que a melhor alternativa para aprendê-las é simplesmente decorá-las. Eis aí uma concepção errônea e, diante disso, o artigo em questão prioriza algumas elucidações que farão você, caro (a) usuário (a), entender o porquê de tal aspecto. 

Utilizando-se da famosa “decoreba”, mediante a lista das muitas conjunções que as integram, o que normalmente ocorre é rotulá-las, sendo que tal prática permite com que nos preocupemos mais com as nomenclaturas do que com o uso efetivo das estruturas linguísticas, analisadas num dado contexto. Dessa forma, torna-se conveniente que em vez de assim procedermos, passemos a analisá-las de uma forma minuciosa, atendo-nos, principalmente, à situação contextual em que se encontram demarcadas, pois uma mesma conjunção, como por exemplo, o “como”, pode ocupar funções distintas. Assim sendo, analisemos os casos demonstrados a seguir: 

Fizemos a pesquisa como o professor nos orientou.A relação estabelecida pelo conectivo (conjunção) é a de conformidade (Conforme o professor nos orientou, fizemos a pesquisa)

Como o professor não havia nos orientado antes, não pudemos fazer a pesquisa. Constatamos que se trata de um mesmo conectivo, porém retratando a ideia de causa, ou seja, qual a causa de não termos feito a pesquisa?

Os alunos fizeram a pesquisa como os da outra turma. A mesma ocorrência se efetiva, contudo, a relação que aqui se estabelece é a de comparação.
Percebeu as peculiaridades? Então, esteja atento (a) a elas!

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/as-oracoes-subordinadas-adverbiais-nao-as-decore-analise-as.html

Agente da passiva

Um fato que por vezes se torna mais e mais comprovado é a questão de os conteúdos gramaticais se apresentarem interligados entre si, ou seja, um assunto decorre de um do qual já temos conhecimento, o outro também, e assim sucessivamente. 

Esse que trataremos a seguir nos remete a uma das flexões apresentadas pela classe gramatical representada pelos verbos – a flexão de voz –, uma vez que ela indica a relação que ocorre entre o sujeito de um verbo e o processo que esse verbo expressa. Nesse sentido, analisemos: 

O aluno resolveu a questão.Temos que o sujeito se revela por “O aluno”;

Resolveu – predicado;

A questão – objeto direto, pois complementa o sentido do verbo resolver.
Podemos também observar que o referido sujeito, além de ocupar tal posição, pratica a ação expressa pelo verbo, ou seja, a ação de resolver a questão. Daí, em se tratando da voz verbal, constatamos que o verbo se encontra na voz ativa. 

No entanto, caso quiséssemos transformá-la para a voz passiva, obteríamos como resultado: 

A questão foi resolvida pelo aluno.O sujeito agora se representa por “a questão”, o qual agora já não mais é o agente, mas sim paciente. Motivo esse que nos faz inferir que se trata de tal modalidade (voz passiva), fato também constatado quando observamos que o verbo se encontra na forma passiva (“foi resolvida”). 

Mas, afinal, estaria ela expressa na voz passiva analítica ou sintética? Certamente que de acordo com nossos conhecimentos anteriormente adquiridos temos que se trata da voz passiva analítica, formada com o auxílio de um verbo auxiliar conjugado (“foi”), seguido de um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, expresso no particípio (“resolvida”). 

Assim sendo, se o sujeito nesse caso é paciente, então quem é o agente? 

Pois bem, o termo “pelo aluno” executa tal função, classificando-se como o agente da passiva, dado o ato de praticar a ação expressa pelo verbo, estando esse na voz passiva. 

Compreendemos, enfim, os traços que caracterizam o objeto de nosso estudo.

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/agente-passiva.html

Analisando as orações subordinadas adjetivas

Assimilar com veemência os conhecimentos adquiridos é, sobretudo, uma questão um tanto quanto complexa. Quando se trata dos assuntos relacionados aos conteúdos gramaticais, a problemática tende a se perpetuar ainda mais. 

Dada a complexidade da qual estes se perfazem, muitas vezes chegamos à conclusão de tê-los compreendido, contudo não os apreendemos da forma como deveria, posto que “apreender” possui um significado mais amplo. Retrata, antes de tudo, assimilarmos o porquê dos fatos, analisados sob sua mais ínfima essência. 

Tais pressupostos nos subsidiaram para contextualizarmo-nos ao caso das orações subordinadas adjetivas.Por que restritivas e por que explicativas? Seria somente pela presença da vírgula?
Certamente que se nos apoiarmos neste pressuposto, teremos uma noção muito vaga acerca do assunto. Assim sendo, nada que uma boa explicação não nos permita compartilhar um pouco mais dos “encantos” revelados pela linguagem, não é mesmo? Então partiremos para entender como realmente se dá tal ocorrência. 

O fato é que devemos partir do princípio de que as orações subordinadas adjetivas restritivas relacionam-se a um a conjunto de seres, e que deste conjunto saem subconjuntos que a ele se relacionam. Observe:

Os cães que são  peludos saíram pela porta dos fundos. 
Ora, há uma infinidade de cães com características próprias: peludos, com poucos pelos, grandes, de pequeno porte, etc. 

Por isso, o discurso ora retratado restringe-se somente àqueles dotados do referido perfil – peludos. Daí a denominação de restritivas. 

Já as adjetivas explicativas não se caracterizam somente pelo sinal de pontuação, há algo mais a que devemos nos atentar. Veja: 

Recife, que é a capital pernambucana, desfruta de inúmeras opções de lazer.Obviamente que se trata de uma explicação a mais ora atribuída à cidade em questão, mas a verdade é que todos sabem que ela é a capital do estado pernambucano, isto é, faz parte de uma verdade universal, razão pela qual se explica o fato de serem explicativas.

Fonte:http://www.portugues.com.br/gramatica/analisando-as-oracoesubordinadas-adjetivas.html

Consciência é uma palavras usada pelos covardes, para incutir medo aos fortes.
William Shakespeare

Glossário Básico de Português (3)

Metáfora: figura de linguagem na qual emprega-se um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Exemplo: Meu pai tem uma vontade de ferro (designando vontade forte, como o ferro).

Modificadores: adjetivos.

Neologismo: palavra ou expressão nova, inventada.

NGB: abreviatura de Nomenclatura Gramatical Brasileira; conjunto de normas que unificam a terminologia utilizada no ensino do Português no Brasil.

Norma Culta: é a modalidade da língua ensinada nas escolas; a língua de prestígio, também chamada língua padrão ou língua culta.




Oração Principal: oração à qual se subordina uma outra.

Ortoépia: ocupa-se da pronúncia correta das palavras. Exemplo: advogado / adevogado.


Palavras-curinga: são palavras que podem assumir diversos significados. Exemplo: Fiz uma coisa.

Paradigma (verbal): modelo, esquema seguido pelos verbos.

Parônimos:  palavras que possuem sons parecidos. Exemplo: emigrar / imigrar.

Particípio: forma que expressa ideia de conclusão do processo verbal. Exemplos: A mesa está posta. / Os prazos foram cumpridos. É considerada forma nominal porque "participa" da natureza do nome, no caso, do adjetivo, mas também da significação do verbo.

Prefixo: afixo que se antepõe ao radical para formar nova palavra. Exemplo: subdesenvolvido.

Preposição: conectivo que subordina uma palavra à outra. Exemplo: torta de morango.

Prosódia: parte da Fonética que estuda a pronúncia das palavras e das frases. No português, ocupa-se da intensidade (acento tônico) e da entoação.

Redundância: repetição da informação já emitida, desenvolvimento de uma ideia citada, sem aclarar ou aprofundar sua compreensão.



Sigla: sinal convencional, rubrica, e também reunião das letras iniciais das palavras de uma denominação ou título, que pode funcionar como abreviatura. Exemplo: ONU  - Organização das Nações Unidas.

Significado: em Linguística, é o conceito, a ideia que se tem de alguma coisa. Esse conceito pode variar de pessoa para pessoa e com o passar do tempo. A ideia que se tem do vegetal “árvore” é o significado, que, juntamente com o significante /’arvore/, compõe o signo linguístico árvore.

Significante: termo da nomenclatura linguística que designa a imagem acústica, isto é, a sequência de fonemas que, associada ao significado, forma o signo linguístico. Exemplo: a sequência de fonemas /s/ + /o/ + /l/ -> /sol/ é um significante.

Sílaba Subtônica: depois da tônica, sílaba que, entre as átonas, destaca-se pela intensidade. Nela recai o acento secundário. Exemplo: pessimamente.

Sinônimos: palavras que possuem significados próximos. Exemplo: carro / automóvel.

Síntese: exposição resumida, em que se usa um mínimo de palavras.

Slogan: frase concisa, atraente, de fácil percepção e memorização, que descreve as qualidades de um produto, serviço ou ideia.

Subjuntivo: modo verbal que indica algo incerto, desejável ou provável. Exemplo: Tomara que você consiga passar na prova!

Sufixo: afixo que se pospõe ao radical para formar nova palavra. Exemplo: comercializar.

Tese: monografia apresentada a uma banca examinadora de universidade por um aspirante ao título de doutor.

Timbre: é o traço distintivo das vogais, as quais, de acordo com o timbre, classificam-se em abertas, fechadas e reduzidas.

Tônico: com tonicidade, pronunciado com mais força. A sílaba tônica é aquela sobre a qual recai o acento tônico. Exemplos: pa - ne - la, fú - til.

Topônimos: nomes próprios designativos de localidade, tais como cidades, bairros, etc. Exemplos: Brasil, Brasília, rio Negro, Guanabara.

Verbo Auxiliar: aquele que, esvaziado de sentido próprio, junta-se a outro verbo (o principal) para formar locuções verbais.

Verbo de Ligação: sua principal função é ligar um predicativo ao sujeito. Exemplo: Joana parece doente.

Verbo Nocional ou Significativo: é aquele que traz informações por si mesmo. Opõe-se aos verbos de ligação. Exemplo: Jorge saiu.

Verbo Principal: o último verbo das locuções verbais; aquele que guarda a base do significado. Exemplo: Ela vai cantar agora.

Vernáculo: idioma próprio de um país. É também a linguagem correta, pura, sem estrangeirismos.

Vocativo: termo acessório da oração que expressa apelo, invocação, chamamento. Exemplo: Pedro, onde está sua mãe?

Vulgarismos: o falar característico do vulgo. Linguagem em que não há a preocupação com o certo e o errado.

Glossário Básico de Português (2)

Gerúndio: uma das formas nominais do verbo, formada pelo sufixo -ndo. Exemplos: cantando, vendendo, partindo.

Gerundismo: emprego do gerúndio em desacordo com a norma gramatical. Exemplos: Estaremos transferindo sua ligação. / Tenho dois ingressos, sendo que um é masculino. As formas corretas são: Vamos transferir (ou Transferiremos) sua ligação. / Tenho dois ingressos, dos quais um é masculino.

Gíria: língua especial de um grupo social ou etário diferenciado.

Hipérbole: figura de linguagem que se caracteriza pelo exagero da expressão. Exemplo: Li uma montanha de livros este ano.

Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Exemplo: censo (conjunto de dados estatísticos) e senso (juízo).

Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia, mas significados diferentes. Exemplo: banco (instituição financeira) e banco (assento).

Imperativo: modo verbal que traduz ordem, mando, pedido. Exemplo: Controle-se!

Indicativo: modo verbal que indica que a ação é exercida de forma real, definida. Exemplo: Sonhei com você ontem.

Infinitivo: forma nominal do verbo que nomeia uma ação ou estado, tal como aparece no dicionário. Exemplos: voar, correr, sentir.

Interjeição: palavra, som vocal ou grito que expressa, de modo enérgico e vivo, alguma emoção ou reação emotiva. Exemplos: Ai!, Epa!, Xi!

Jargão: gíria profissional, difícil de ser compreendida por todas as pessoas.

Locução Adjetiva: duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo.

Locução Adverbial: duas ou mais palavras que equivalem a um advérbio.

Locução Conjuntiva: duas ou mais palavras que equivalem a uma conjunção.

Locução Pronominal: duas ou mais palavras que equivalem a um pronome. Exemplos: cada qual, todo aquele que.

Locução Verbal: expressão composta de duas ou mais formas verbais, equivalente a um verbo. Exemplo: Estou comendo muito.

Lusófono: país em que se fala Português.

Glossário Básico de Português

urgiu alguma dúvida? Consulte o glossário sempre que necessário e leia as definições de termos importantes relacionados à língua portuguesa.


Abreviatura: representação normatizada de uma palavra apenas com uma ou algumas de suas letras, a fim de facilitar seu uso, principalmente na escrita. Exemplo: Cia (Companhia).

Acepção: cada um dos significados de uma palavra.

Ambiguidade: possibilidade de interpretação dúbia de uma palavra ou frase.

Antônimos: palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplo: claro / escuro.

Antropônimos: nomes próprios de pessoas. Constituem-se, quase sempre, de um prenome ou nome de batismo, que pode ser simples (Sandra) ou composto (Paulo Renato), e de um sobrenome ou nome de família.

Aposto: palavra ou frase que explica um ou alguns termos da oração. Exemplo:Daniel, meu irmão mais velho, passou no vestibular.

Átono: sem tonicidade, pronunciado mais fracamente. Num vocábulo, excetuada a sílaba tônica - pronunciada mais fortemente -, as demais são átonas.
Braile: sistema de escrita para cegos. São signos desenhados em relevo para serem lidos com a ponta dos dedos.

Cacoetes Linguísticos: palavras ou expressões em que o falante costuma se apoiar, geralmente no início ou no final das frases. Exemplo: não é?

Campo Semântico: conjunto de palavras diferentes, mas relacionadas entre si por meio de uma ideia, de um significado ou de analogias estabelecidas entre elas. Exemplo: bolachas, leite e chocolate.

Coerência: qualidade subjacente a um texto, que lhe permite ter sentido.

Coesão: um dos elementos que proporcionam coerência a um texto; são as ligações explicitadas entre os elementos do texto.

Conectivos: termos que ligam palavras ou orações; são representados pelas conjunções e preposições.

Conotativo: significado que pode ter uma palavra, dependendo de quem a usa, a quem se dirige ou em que circunstância é dita. Depende da interpretação.
 Dêiticos: elementos que designam demonstrando, e não conceituando. Exemplo: isso, aquilo.

Denotativo: significado padrão de uma palavra. Não depende do emissor nem das circunstâncias.

Desinência: morfema que indica flexões gramaticais (gênero, número, tempo, modo, pessoa).

Deverbal (substantivo): um substantivo que tem por origem um verbo.

Dialetos: variedades regionais ou sociais de uma língua.

Dígrafo: encontro de duas letras que representam um único fonema.

Dissertação: trabalho escrito apresentado à instituição de ensino superior e defendido publicamente, por candidato ao grau de mestre.

Editorial: texto de um jornal ou revista, geralmente não assinado, que expressa a opinião da equipe editorial sobre um tema.

Elipse: omissão de termos da oração.

Ensaio: texto criativo sobre qualquer tema, em que o autor apresenta uma visão pessoal e adota uma linha crítica.

Enunciado: proposição, exposição, ideia expressa por palavras.

Etimologia: parte da Gramática que estuda a origem das palavras.

 
Flexões: alterações das palavras para expressar variação de gênero, número, modo, tempo e pessoa.

Formas Nominais do Verbo: formas que participam das características do substantivo, adjetivo ou advérbio. São o infinitivo, o particípio e o gerúndio.

Função Sintática: papel sintático que um termo desempenha numa oração. No exemplo: caminhei lentamente, o termo "lentamente" desempenha a função sintática de adjunto adverbial de modo.

Continuação


O principal rio nos Estados Unidos é o Mininici. (Mississipi)

O acidente foi no célebre Retângulo das Bermudas. (Triângulo)

A ciência progrediu tanto que inventou ciclones, como a ovelha Dolly. (clones)

O problema ainda é maior em se tratando da camada Diozoni. (Camada de Ozônio)

Eu luto para atingir os meus obstáculos. (objetivos)

O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas. (El Niño)

É um problema de muita gravidez. (gravidade)

Existem raios ultra-violentos. (ultravioletas)

Os lagos são formados pelas bacias esferográficas. (hidrográficas)

Nao foi ilusão idiótica o que eu tive. (ilusão de ótica)

Isso é crime de falsidade biológica! (ideológica)

É necessário ler a bússola do remédio. (bula)

As mudanças ocorrem devagarosamente. (vagarosamente)

Como diz o ditado: é duro agradar a pobres e troianos. (gregos)

Eu concordo em gênero e número igual. (gênero, número e grau)

Ele tem medo de ficar preso no elevador, pois tem cleptomania. (claustrofobia)

Acho que minha professora é lésbica, pois está sempre olhando para cima. (estrábica)

Você sabe o que são Pérolas Gramaticais?

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"Pérolas Gramaticais" é uma denominação comumente utilizada para designar o uso de vocábulos inadequados presentes nas construções linguísticas, os quais prejudicam a coesão das mensagens emitidas. É importante observar que tanto a fala como a escrita estão sujeitas à ocorrência desse tipo de "deslize", e que as "pérolas", muitas vezes, são proferidas por descuido (ou mesmo desconhecimento da forma correta) por parte do emissor. O leitor/ouvinte, ao se deparar com "pérolas gramaticais", pode considerá-las divertidas, fato perfeitamente explicável tendo-se em vista a incoerência que as construções apresentam. Geralmente, as pérolas são extraídas de redações de vestibular. Observe alguns exemplos:

Gostaria de informar que o período de matrícula inspirou. (expirou)

Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe. (adrenalina)

Na Bahia há um povo muito hospitalar. (hospitaleiro)

Agora que estou informatizado, cobrarei meus direitos. (informado)
O Brasil é um país abastardo com um futuro promissório. (abastado, promissor)

O maior matrimônio do país é a Educação. (patrimônio)

Os índios eram muito atrasados, mas com o tempo foram se sifilizando. (civilizando)

A vida é um conto de fábulas. (fadas)

Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado. (decapitado)

A capital de Portugal é Luiz Boa. (Lisboa)

Poucos gostam de ouvir falar das faltas / Que com prazer praticam.
William Shakespeare

Maltratando a Língua

Esta seção contém diversas imagens enviadas por usuários do Só Português. As fotos apresentam erros de ortografia e aparecem, em sua maioria, em anúncios e placas de todo o Brasil. Abaixo de cada imagem, não deixe de observar a grafia correta das palavras.
Alfabetização.

Tapioca. Feita na hora. Quem não pediu, peça. Quebra-queixo.

Self-service (inglês).

Ceará. Siamês.

Qual é a Expressão?

As Expressões Idiomáticas estão presentes em diversas situações do dia a dia. Veja as fotos abaixo e tente descobrir o significado que cada uma representa. Para verificar a resposta, clique em "Ver Expressão".




Andar na linha.

Significa agir corretamente, obedecer. A expressão pode ter se originado nos quartéis, onde os recrutas aprendiam a andar na linha, quer no sentido literal, acompanhando o pelotão, quer no sentido conotativo, obedecendo a seus superiores militares, sem se desviar.


Arrastar a asa.

O galo, ao cortejar a galinha, arrasta sua asa para ela. A expressão se estendeu aos humanos, fazendo referência ao cortejo do homem à mulher, ou vice-versa. 


Arregaçar as mangas.

Dar início a um trabalho ou atividade com afinco. 


Atrás da moita.

Fazer algo escondido. 

Expressões Redundantes

Ocorre redundância quando, numa frase, repete-se uma ideia já contida num termo anteriormente expresso. Assim, as construções redundantes são aquelas que trazem informações desnecessárias, que nada acrescentam à compreensão das mensagens. No dia a dia, muitas pessoas utilizam tais expressões sem perceber que, na verdade, são inadequadas. Veja a seguir frases com expressões redundantes frequentemente utilizadas:

chocolate.jpg (3434 bytes)"Eu e minha irmã repartimos o chocolate em METADES IGUAIS."
Ao dividir algo pela metade, as duas partes só podem ser "iguais"!

ENCARAR.jpg (2495 bytes)"O casal ENCAROU DE FRENTE todas as acusações."
Seria possível que eles encarassem "de trás"?

canja.jpg (5758 bytes)"Adoro tomar CANJA DE GALINHA."
Se é canja que você toma, só pode ser "de galinha"!

calcados.jpg (2406 bytes)"O estado EXPORTOU PARA FORA menos calçados este ano."
E como ele poderia fazer para exportar para "dentro"?

SOL.jpg (1760 bytes)"Quando AMANHECEU O DIA, o sol brilhava forte."
Você já viu amanhecer a "noite"?

decapitada.jpg (1880 bytes)"Tiradentes teve sua CABEÇA DECAPITADA."
Alguém já viu um "pé" ser decapitado? Decapitação só existe da cabeça mesmo!

Não julgueis; somos todos pecadores.
William Shakespeare

Fala Popular

No dia a dia, é comum observarmos que muitas pessoas se confundem ao empregar certos termos da língua. Veja a seguir uma lista com os termos que selecionamos e atente para a forma padrão, buscando utilizá-la.

MortadelaVocê não come mortandela. O que você come é mortadela.

MendigoAquele sujeito deitado na rua não é um mendingo, mas sim um mendigo.

IogurteNinguém toma iorgute. Todos tomam iogurte.

BasculanteA janela do seu banheiro não é uma vasculhante, mas sim uma basculante.

CadarçoSeu sapato não possui cardaço, mas sim cadarço.

Muitas PessoasNunca diga "haviam muitas pessoas no local". Neste caso, o verbo haver não tem um sujeito com quem concordar, pois ele tem

Chorar é diminuir a profundidade da dor.
William Shakespeare

Trava-Línguas


Trava-língua é uma espécie de jogo verbal que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente. Os trava-línguas são oriundos da cultura popular, são modalidades de parlendas (rimas infantis), podendo aparecer sob a forma de prosa, versos, ou frases. Os trava-línguas recebem essa denominação devido à dificuldade que as pessoas enfrentam ao tentar pronunciá-los sem tropeços, ou, como o próprio nome diz, sem "travar a língua". Além de aperfeiçoarem a pronúncia, servem para divertir e provocar disputa entre amigos.

Veja a seguir uma série de trava-línguas e tente pronunciá-los rapidamente:

O rato roeu a roupa do Rei de roma, a rainha com raiva resolveu remendar.rei.jpg (2420 bytes)

tigres.jpg (3646 bytes)   Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem.


Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizá-los, um bom desmafagafizador será.mafagafos.jpg (2877 bytes)

arara.jpg (2256 bytes)A Iara agarra e amarra a rara arara de Araraquara

Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.    ratos.jpg (2765 bytes)


bagre.jpg (1401 bytes) Bagre branco, branco bagre.

O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra. padre.jpg (1933 bytes)

A Formação da Língua Portuguesa no Brasil


A língua é um organismo vivo que se modifica ao longo do tempo. Palavras novas surgem para expressar conceitos igualmente novos; outras deixam de ser utilizadas, sendo substituídas.

Na época das grandes navegações, Portugal conquistou inúmeras colônias e o idioma português foi influenciado pelas línguas faladas nesses lugares, incorporando termos diferentes como "jangada", de origem malaia, e "chá", de origem chinesa. O período renascentista também provocou uma série de modificações na língua, que recebeu termos eruditos, especialmente aqueles relacionados à arte.

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Os colonizadores portugueses, principalmente os padres jesuítas, difundiram o idioma no Brasil. No entanto, diversas palavras indígenas foram incorporadas ao português e, posteriormente, expressões utilizadas pelos escravos africanos e imigrantes também foram adotadas. Assim, o idioma português  foi se juntando à família linguística tupi-guarani, em especial o Tupinambá, um dos dialetos Tupi. Os índios, subjugados ou aculturados, ensinaram o dialeto aos europeus que, mais tarde, passaram a se comunicar nessa "língua geral", o Tupinambá. Em 1694, a língua geral reinava na então colônia portuguesa, com características de língua literária, pois os missionários traduziam peças sacras, orações e hinos, na catequese.
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Com a chegada do idioma iorubá (Nigéria) e do quimbundo (Angola), por meio dos escravos trazidos da África, e com novos colonizadores, a Corte Portuguesa quis garantir uma maior presença política. Uma das primeiras medidas que adotou, então, foi obrigar o ensino da Língua Portuguesa aos índios.

Desde o século XVI, época da formação do Português moderno, o português falado em portugal manteve-se mais impermeável às contribuições linguísticas externas. Já o Brasil, em decorrência do processo de formação de sua nacionalidade, esteve mais aberto às contribuições linguísticas de outros povos.

Ainda hoje o português é constantemente influenciado por outras línguas. É comum surgirem novos termos para denominar as novas tecnologias do mundo moderno, além de palavras técnicas em inglês e em outros idiomas que se aplicam às descobertas da medicina e da ciência. Assim, o contato com línguas estrangeiras faz com que se incorporem ao idioma outros vocábulos, em sua forma original ou aportuguesados.

Atualmente, existem muitas diferenças entre o português que falamos no Brasil e o que se fala em Portugal. Tais diferenças não se limitam apenas à pronúncia das palavras, facilmente notabilizada na linguagem oral. Existem também diferenças de vocabulário (só para citar um exemplo, no Brasil dizemos "trem", em Portugal se diz "comboio") e de construção gramatical (enquanto no Brasil se utiliza uma construção como "estou estudando", em Portugal prefere-se a forma "estou a estudar").

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